Após o governo Lula anunciar o encerramento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), governadores de 12 estados e do Distrito Federal informaram que vão prosseguir com o modelo de instituição. A ideia é que haja uma regulamentação dos programas pelas gestões estaduais.
Os governadores que vão dar continuidade ao modelo são Cláudio Castro (RJ), Romeu Zema (MG), Tarcísio de Freitas (SP), Eduardo Leite (RS), Jorginho Mello (SC), Ratinho Júnior (PR), Ronaldo Caiado (GO), Ibaneis Rocha (DF), Helder Barbalho (PA), Gladson Cameli (AC), Mauro Mendes (MT) e Marcos Rocha (RO).
No Rio, Castro e o prefeito da cidade, Eduardo Paes, anunciaram que vão manter as escolas já existentes. Segundo o governador, há 16 unidades e é provável que o número seja ampliado.
“Atendemos aproximadamente 10 mil alunos. Portanto vamos manter essas escolas já existentes. Nossa estratégia é ainda ampliá-las, já que elas se enquadram como escolas vocacionais e estão no escopo do novo ensino médio”, argumentou Castro.
Tarcísio prometeu editar um decreto para regular o programa estadual e ampliar o número de unidades no formato. A medida não estava nos seus planos, mas será usada para agradar parlamentares da base bolsonarista.
O governador de Minas, onde há 16 escolas cívico-militares, elogiou o modelo e prometeu mantê-lo. “A tradição, a disciplina e o prestígio de uma das instituições mais respeitadas do mundo, agora se unem ao trabalho de ensino dos mineiros. Aqui a educação é sempre prioridade”, afirmou Zema.
No caso do Piauí, o governador Rafael Fonteles (PT), não se manifestou sobre o tema, mas prefeitos têm anunciado que as instituições serão mantidas em seus respectivos municípios.
O Pecim foi criado em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro. O programa atendia mais de 200 escolas, que agora serão reintegradas à rede regular de ensino. O Ministério da Educação (MEC) informou a secretários estaduais de Educação o fim da medida.