302 milhões de crianças foram vítimas de abuso sexual online em 2023, diz estudo

Atualizado em 27 de maio de 2024 às 8:46
O equivalente a 302 milhões de crianças em todo o mundo, foram vítimas de abuso sexual online no último ano. (Foto: Reprodução)

Um estudo da Universidade de Edimburgo, na Escócia, revelou que 1 em cada 8 crianças, o equivalente a 302 milhões de crianças em todo o mundo, foram vítimas de abuso sexual online no último ano. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Global para Segurança Infantil Childlight.

O relatório, divulgado na segunda-feira (27), aponta que 12,5% das crianças sofreram solicitações sexuais indesejadas, que incluem conversas sexuais forçadas, sexting, perguntas impróprias e pedidos de atos sexuais. Essas abordagens são feitas tanto por adultos quanto por outros jovens, expondo as crianças a situações perigosas e traumáticas.

Abusos variam

Os abusos variam desde sextorção, onde predadores chantageiam vítimas com imagens íntimas, até a criação de fotos e vídeos manipulados com o uso de Inteligência Artificial. Esses crimes têm uma dimensão global, mas os Estados Unidos foram identificados como uma área de risco significativo, com 1 em cada 9 homens admitindo envolvimento em crimes online contra menores.

Paul Stanfield, diretor executivo da Childlight

Paul Stanfield, diretor executivo da Childlight, enfatiza a seriedade da situação: “O material de abuso infantil é tão predominante que arquivos são relatados à polícia e a organizações a cada segundo. Essa é uma pandemia de saúde global que foi mantida em segredo por muito tempo. Está acontecendo em todos os países, está crescendo exponencialmente e exige uma resposta global”.

Natureza e motivação dos abusos

Os predadores frequentemente se fazem passar por adolescentes nas redes sociais, estabelecendo contato inicial antes de mudar para aplicativos de mensagens como WhatsApp. Eles incentivam as vítimas a compartilhar imagens íntimas e, em muitos casos, realizam a chantagem dentro de uma hora após o primeiro contato.

A motivação dos golpistas, segundo a Agência Nacional Britânica contra o Crime (NCA), é predominantemente financeira, buscando extorquir o máximo de dinheiro possível das vítimas, em vez de uma gratificação sexual. Este comportamento mostra a crueldade e o pragmatismo dos criminosos ao explorar vulnerabilidades infantis.

Ações urgentes

A pesquisa ressalta a necessidade urgente de ações coordenadas a nível global para combater essa forma de abuso. Os pais, educadores e autoridades devem estar vigilantes e informados para proteger as crianças dessas ameaças crescentes.

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