4 suspeitos são presos por envolvimento no sequestro de Marcelinho Carioca

Atualizado em 19 de dezembro de 2023 às 17:52
Marcelinho Carioca falando e olhando para o lado
Marcelinho Carioca ficou cerca de 36 horas sob domínio de criminosos – Reprodução/YouTube

A Delegacia Antissequestro de São Paulo solicitou à Justiça a prisão preventiva de quatro indivíduos envolvidos no sequestro do ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca. A medida foi requerida sem prazo determinado, enquanto uma mulher, anteriormente detida, foi liberada.

O delegado Fabio Nelson, que chefia a investigação, revelou que os quatro suspeitos, durante seus depoimentos, admitiram participação no sequestro. A investigação aponta que eles podem fazer parte de uma quadrilha especializada em sequestros, com o método de obrigar as vítimas a realizar transferências por meio do Pix.

Os suspeitos estão sendo acusados de extorsão mediante sequestro, associação criminosa e receptação. Segundo o delegado, eles alegaram não conhecer a identidade da vítima até o momento do cativeiro, sendo atraídos inicialmente pelo veículo de Marcelinho, uma Mercedes.

Já liberto, Marcelinho Carioca foi sequestrado após sair de um show do cantor Thiaguinho na Neo Química Arena, em Itaquera, na madrugada de domingo (17). O ex-atleta relatou que, ao dirigir-se para a casa de uma amiga em Itaquaquecetuba, foi abordado por três homens, sofrendo agressões e sendo levado em seu próprio carro para um cativeiro.

O desaparecimento de Marcelinho foi notado quando um policial militar encontrou a Mercedes abandonada em Itaquaquecetuba, levantando suspeitas pela presença do carro na região. A polícia, ao pesquisar a placa, identificou a relação com o ex-jogador.

Durante a investigação, a polícia descobriu que os sequestradores utilizaram o número de telefone de Marcelinho para se passar por ele, solicitando dinheiro a familiares e conhecidos. Os criminosos chegaram a efetuar transações bancárias via Pix, tomando aproximadamente R$ 40 mil, de acordo com o delegado-geral Arthur Dian.

Após a repercussão, os sequestradores teriam obrigado Marcelinho e sua amiga, Tais Moreira, a simularem que o crime seria um ato de ciúmes Marcio do Beco, marido da segunda vítima. Eles gravaram um vídeo contando que foram levados ao cativeiros após serem flagrados tendo um caso.

“Fui obrigado a fazer, é mentira”, disse o ex-jogador. “Não é fácil ter o revólver apontado para a sua cabeça a todo momento. Com um revólver na cabeça você faz o quê?“, acrescentou.

O cativeiro foi localizado em uma comunidade em Itaquaquecetuba, após uma denúncia anônima. A polícia ainda está investigando a participação de outras duas pessoas no crime, com a expectativa de que seus pedidos de prisão sejam feitos em breve. As investigações prosseguem sob responsabilidade da 1ª Delegacia Antissequestro.

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