63% dos eleitores gays ou membros da comunidade LGBT do Brasil votariam em Lula em 2022, enquanto apenas 6% escolheriam Jair Bolsonaro.
É o que mostra a pesquisa do Atlas Político divulgada nesta sexta (30).
Segundo o levantamento, os eleitores heterossexuais ficaram divididos entre os candidatos em 38% a favor de Lula e 37% com Bolsonaro.
A preferência dos eleitores LGBTs deve ser uma consequência do discurso tosco adotado pelo atual presidente durante toda sua carreira política.
Em entrevista em 2011, por exemplo, à época deputado federal, ele afirmou o seguinte:
“Seria incapaz de amar um filho homossexual. Não vou dar uma de hipócrita aqui: prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim ele vai ter morrido mesmo”.
“Se um casal homossexual vier morar do meu lado, isso vai desvalorizar a minha casa! Se eles andarem de mão dada e derem beijinho, desvaloriza”, completou.
O presidente também já disse publicamente que “porrada” é um jeito de “curar” um filho gay.
Em 2015, aliás, ele foi pagar R$ 150 mil em danos morais coletivos por declarações homofóbicas.
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Se você é gay e votou em Bolsonaro, convalidou a perseguição e o preconceito
Apesar de recentemente manter proximidade com o melhor amigo da esposa, o maquiador Agustin Fernandez, sua imagem não melhorou entre a comunidade LGBT.
No início deste mês, em entrevista a uma rádio do Rio Grande do Sul, ele mostrou que não pensa tão diferente de quando normalizou a homofobia.
“Tem uma cena com o Haddad, o Lula, a Dilma e o Celso Amorim onde tem dois homens se atracando no beijo e eles rindo, a coisa mais normal do mundo. Dois homens e duas mulheres querem se atracar? Fiquem à vontade dentro de casa, no motel ou atrás da bananeira. Agora, mostrar publicamente isso e aplaudir? A nossa família não quer isso”, disse ele em 7 de julho.