Quatro pessoas que invadiram o Congresso Nacional, durante os atos terroristas promovidos bolsonaristas em Brasília, no dia 8 de janeiro, acabaram produzindo prova contra eles mesmos ao acessarem a rede wi-fi da Câmara dos Deputados. A informação é do jornal O Globo.
Para conseguirem a conexão da internet gratuita, os simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) precisaram cadastrar o nome e o CPF no sistema. Os dados constam de um ofício enviado pela Câmara dos Deputados à CPMI do 8 de Janeiro.
A Polícia Legislativa abriu um procedimento para levantar “os logs de tentativa de conexão e conexões efetuadas à rede sem fio” no dia dos atos antidemocráticos e, dessa maneira, identificar os invasores.
Dois deles já foram detidos e estão hoje sob monitoramento de tornozeleira eletrônica: uma mulher de Contagem, em Minas Gerais, e um homem de Teresina, no Piauí. Já os nomes das outras duas pessoas não constam na lista de presos durante os ataques na capital federal.
“É necessário que se faça um pré-cadastro informando sobretudo dados como CPF, nome e telefone. Analisando estes logs, verificou-se que efetivamente foram realizadas quatro conexões de pessoas não autorizadas a acessar a Casa no dia 8 de janeiro de 2023 com a rede sem fio”, diz o ofício da Câmara.
Vale destacar que, além desses indícios, a PF está identificando os golpistas por meio das imagens das câmeras de segurança e da análise de material genético deixado por eles nas sedes dos Três Poderes.