Coordenador do Prerrô rebate críticas à campanha de Lula e fogo amigo do PT

Atualizado em 8 de abril de 2022 às 19:32
Lula
Lula na UERJ, 31 de março de 2022. Crédito: Ricardo Stuckert

Duas matérias publicadas quase simultaneamente trazem críticas a Lula com a contribuição milionária de fogo amigo do PT. A primeira é de Thomas Traumann, ex-assessor de Palocci e porta-voz de Dilma, e foi publicada no Poder360. 

Traumann gasta muito latim para cravar que a campanha de Lula está “paralisada” e “não funciona” porque o ex-presidente é centralizador.

“Nas últimas semanas, conversei com 8 ex-ministros dos governos Lula”, escreve Traumann. “O clima interno é ruim”, diz ele. Enquanto isso, “Bolsonaro vai reduzindo a distância nas pesquisas”. 

Lula não ouve ninguém, segundo Traumann, que gostaria, evidentemente, que o petista o ouvisse. Quem sabe numa boquinha agora ou no ano que vem. 

No Uol, “integrantes do PT, ex-ministros e amigos próximos de Lula” relataram um cenário de inércia e de puro pesadelo. Lula — de novo — “centraliza boa parte das decisões”.

Em resumo, o homem faz tudo errado, a desgraça é iminente e a solução está nas mãos dos iluminados anônimos que falaram com jornalistas com uma mão no volante e outra no carinho. 

Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, mandou ao DCM suas impressões:

“As críticas são injustas e injustificadas. Não há, no país, nenhuma outra liderança política com uma agenda de compromissos tão intensa quanto a do ex-presidente Lula. E nem precisamos fazer comparações com Bolsonaro, que, como se sabe, pouco trabalha.

Em poucos meses, respeitando os cuidados sanitários, Lula circulou o Brasil, promovendo encontros com lideranças políticas de diversos partidos do campo democrático, costurando alianças e palanques em diversos Estados e ouvindo lideranças de inúmeros segmentos e movimentos sociais.

Lula foi, também, recebido com honras merecidas de Chefe de Estado nas principais democracias do mundo (Espanha, França, Alemanha, México, Argentina).

No mais, ele respeita a legislação eleitoral e a liturgia dos partidos , e, por isso, todos os seus movimentos são calculados e cuidadosos. Precisamos aguardar as reuniões entre PT, PSB e demais partidos aliados.

De toda sorte, já estamos ocupando as ruas para defender o nosso legado e o nosso projeto político para tirar o país da miséria e do obscurantismo. 

Todas as suas falas são analisadas palavra a palavra, e muitas vezes são retiradas do contexto para dar amparo à críticas imerecidas. Lula sempre defendeu o diálogo e a tolerância e nunca estimulou qualquer tipo de violência”.