A polícia de Israel agrediu nesta sexta-feira (13) uma multidão que estava presente no funeral da jornalista palestina Shireen Abu Aqleh, da Al Jazeera, assassinada quando cobria uma operação do exército israelense no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia.
Oficialmente, a causa do ataque foi bandeira da Palestina no caixão, símbolo proibido na região desde 1967, quando o país ocupou e anexou Jerusalém Oriental.
A jornalista israelense Sarah Tuttle-Singer manifestou sua indignação no Facebook:
O hospital St. Joseph é um centro médico de última geração em Jerusalém – famoso pelas suas lindas maternidade onde mulheres judias e árabes dão à luz os seus bebês lado a lado.
Hoje, foi o cenário de caos durante o cortejo fúnebre da famosa jornalista Shireen Abu Aqleh. O Exército de Israel diz que havia desordeiros atirando pedras.
Eu não estava lá e não posso dizer se isso é verdade ou não.
Mas eu posso dizer que os homens que carregavam o caixão de Shireen Abu Aqleh claramente não estavam atirando pedras ou tumultuando – eles estavam carregando o caixão dela.
E eles quase deixaram cair o caixão dela depois de terem sido empurrados pelas nossas tropas.
Estou com o coração partido pelo que vi. Eu também estou enojada e furiosa.
A morte desta mulher já é uma tragédia – e as imagens do seu funeral hoje vão além disso. É uma Shanda – uma praga – sobre nós aqui em Israel, quando deveríamos ter mostrado graça e contenção.
No primeiro andar em St. Joseph, nasceram hoje novos bebês judeus e árabes no meio de tudo isso, alheios à crise lá fora.
Que possamos lembrar o horror deste momento – e fazer deste um mundo melhor para eles.
The closest video of the #Israeli police suppressing the funeral procession of Shireen Abu Aqleh as the coffin was leaving the French hospital towards the cemetery pic.twitter.com/TaOsvCUUCd
— Rushdi Abualouf (@Rushdibbc) May 13, 2022