Na manhã desta quarta-feira (22), Milton Ribeiro, o ex-ministro da Educação, recebeu mandato de prisão preventiva, suspeito de operar um balcão de negócios no Ministério da Educação e na liberação de verbas do FNDE, juntamente com os dois pastores lobistas, Gilmar Santos e Arilton Moura.
De acordo com o documento, ele é acusado de de crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência. O mandato foi assinado pelo juiz Renato Borelli. O ex-ministro irá passar por audiência de custódia presencial na próxima quinta-feira (23), às 14h, na 15ª Vara Criminal da Justiça Federal. A Polícia Federal também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços dos pastores.
De acordo com a Policia Federal, por meio de depoimentos e de um relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) foi possível mapear indícios de crimes na liberação de verbas do fundo. Os pastores negociaram com prefeitos a liberação de recursos federais mesmo sem ter cargo no governo. Prefeitos relataram pedidos de propina, até em ouro.
Além disso, segundo declarações, ele disse que estaria atendendo uma solicitação do próprio Jair Bolsonaro (PL). “Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, afirmou o religioso em uma conversa com prefeitos e os dois religiosos. “Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, completou.
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