Joias de Bolsonaro: Comissão de Ética da Presidência abre processo contra envolvidos em escândalo

Atualizado em 31 de julho de 2023 às 19:29
O ex-secretário da Receita Federal Julio Cesar Vieira Gomes e Jair Bolsonaro

A Comissão de Ética Pública da Presidência (CEP) vai investigar três servidores envolvidos no caso das joias sauditas do ex-presidente Jair Bolsonaro. O órgão decidiu instaurar processo para apurar conduta e o relator será o presidente da comissão, Edson Leonardo Dalescio Sá Teles. A informação é da coluna de Bela Megale no jornal O Globo.

Os alvos do processo são o ex-secretário da Receita Federal Julio Cesar Vieira Gomes, o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e o ex-chefe de Gabinete Adjunto de Documentação Histórica Marcelo da Silva Vieira. Eles podem sofrer penalidades como a “censura ética”, uma advertência que fica destacada em currículos de pessoas que querem preencher cargos públicos.

A comissão avaliou que há “indícios de materialidade de conduta contrária ao Código de Conduta da Alta Administração Federal e aos demais padrões normativos éticos”.

Julio Cesar atuou diretamente para tentar liberar as joias apreendidas no Aeroporto de Guarulhos (SP). Os itens foram trazidos ilegalmente ao país pela comitiva do ex-ministro Bento Albuquerque.

A CEP ainda encaminhou uma cópia do processo para o Comando do Exército para que a Força seja notificada e, “se for o caso, determine a apuração ética dos atos praticados pelo tenente-coronel Mauro Cid”. O militar era ajudante de ordens de Bolsonaro a fez parte da tentativa de liberar as joias.

A comissão ainda direcionou uma segunda cópia para a Marinha avaliar se deve instaurar apuração contra o sargento Jairo Moreira da Silva, enviado para o aeroporto por Cid para tentar reaver os itens.

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