Apenas 35 militares da ativa ocupam atualmente o patamar salarial máximo dos oficiais-generais das Forças Armadas, representando 0,01% dos combatentes do país. São 17 generais do Exército, nove almirantes de esquadra (Marinha) e nove tenentes-brigadeiro do ar (Aeronáutica). Esse grupo de elite da carreira recebe uma remuneração média mensal de R$ 32.881,73, a maior entre as corporações.
Apesar de ser um cargo extremamente exclusivo, o número de pensionistas recebendo pelas mesmas patentes é de 3.350. São 578 pensionistas de almirantes de esquadra, 561 de tenentes-brigadeiro do ar e 2.211 de generais do Exército. O Ministério da Defesa indicou que apenas os comandos das Forças Armadas possuem informações sobre os valores gastos no pagamento dessas pensões, e a Força Aérea Brasileira (FAB) recomenda consultar os dados no Portal da Transparência, onde os custos não estão consolidados.
O Metrópoles obteve acesso ao quantitativo físico de pessoal da Aeronáutica em abril, revelando que 334 militares de topo de carreira geraram pensões para 558 beneficiários. Considerando a remuneração média atual, isso representaria R$ 10.982.497,82 pagos aos pensionistas somente naquele mês.
Os valores pagos pelo Exército e pela Marinha não foram fornecidos até a última atualização do texto. Há ainda postos superiores de marechal (Exército), almirante (Marinha) e marechal-do-ar (Aeronáutica), previstos no estatuto dos militares, mas não ocupados atualmente, funcionando como uma designação de honra em tempo de guerra.
O Portal da Transparência lista esses postos para diversos combatentes brasileiros, incluindo ex-ministros e o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de crimes de tortura e assassinato durante a Ditadura Militar.