Comprovantes recebidos pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas mostram que o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), depositou R$ 60 mil em dinheiro vivo na conta da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A informação é do Metrópoles.
Os depósitos, realizados por auxiliares de Mauro Cid, foram feitos de forma fracionada ao longo de 11 dias distribuídos em oito meses do ano passado. No total, foram 45 depósitos em quantias inferiores a R$ 6 mil durante os meses de janeiro, fevereiro, março, abril, junho, julho, agosto e dezembro.
A estratégia, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), evita o rastreio de atividades financeiras para maquiar supostas lavagens de dinheiro. A medida é usada na tentativa de dissimular o valor total das transações.
A primeira transferência aconteceu no dia 10 de janeiro, no valor de R$ 6 mil. No mesmo mês, Cid fez mais dois depósitos, totalizando R$ 5 mil. Foram detectados também seis depósitos de R$ 1 mil, um de R$ 900 e outro de R$ 800, todos em dinheiro.
Em março, Michelle recebeu mais oito depósitos, que, somados, chegam ao montante de R$ 7 mil. Em 6 de abril, um dos integrantes da equipe de Mauro Cid realizou dois depósitos no valor de R$ 1 mil. Já no dia 11, Michelle recebeu mais quatro depósitos, três de R$ 2 mil e um de R$ 500, totalizando R$ 6.500.
A esposa de Bolsonaro recebeu, em julho, quatro depósitos de R$ 1 mil e um de R$ 800, somando R$ 4.800. Em 12 de julho, a então primeira-dama recebeu seis depósitos no valor de R$ 1 mil cada, totalizando R$ 6 mil.
Em 11 de agosto, Michelle recebeu R$ 6 mil, num total de quatro depósitos. Já em 19 de agosto, a ex-primeira-dama recebeu dois depósitos no valor de R$ 1 mil, somando R$ 2 mil. O último depósito aconteceu em 11 de dezembro, quando ela recebeu o total de R$ 7 mil, com dois depósitos de R$ 2 mil, um de R$ 1,1 mil e mais um de R$ 1,9 mil.