A Justiça Federal de Santarém (PA) determinou a quebra do sigilo de dados do fazendeiro bolsonarista Arilson Strapasson, preso na última semana após fazer ameaças contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão foi encabeçada pela juíza federal Mônica Guimarães Lima.
O motivo da ação seria para que a investigação avance sobre os possíveis motivos e elos que levaram às ameaças de Arilson contra o presidente.
Ao autorizar buscas em locais ligados a Strapasson, a juíza afirmou ter acatado um pedido da Polícia Federal (PF), “deferindo ainda a quebra de sigilo de dados, para promover o acesso (durante e depois da operação) aos conteúdos das mídias a serem apreendidas, que devem ser enviadas ao Setor de Perícia da Polícia Federal para a realização de exames específicos”.
Na determinação da juíza, além da apreensão e liberação de acesso dos celulares do fazendeiro, consta a proibição da aproximação de Arilson ao distrito de Alter do Chão, em Santarém, além do suspeito ter que utilizar tornozeleira eletrônica pelo prazo de 10 dias corridos, contados a partir de 4 de agosto.
“Não poderá o investigado se aproximar, no período acima indicado, do distrito de Alter do Chão, podendo apenas se deslocar de Santarém à sua residência no Ramal da Ulbra, não podendo ultrapassar em direção a Alter do Chão”, escreveu Mônica em sua decisão.
De acordo com a PF, em um bar, o bolsonarista extremista teria perguntado aos presentes se sabiam onde Lula se hospedaria durante passagem pela cidade na última segunda-feira (7), antes da Cúpula da Amazônia, em Belém (PA). O fazendeiro teria afirmado ainda que “daria um tiro” na barriga do atual chefe de estado brasileiro.
A Polícia Federal teve acesso ao circuito de segurança da loja de bebidas no Pará, por meio do qual foram comprovadas as ameaças feitas pelo fazendeiro.