O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula vai investigar o envio de detalhes da segurança do presidente Lula a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Ele recebeu informações detalhadas em março deste ano sobre os esquemas planejados para eventos oficiais do petista.
“Vamos abrir uma sindicância, afastar das funções as pessoas citadas e desligar da presidência. Vamos continuar apurando, sendo feita a sindicância para apurar as responsabilidades”, afirmou o general Marcos Antônio Amaro dos Santos, ministro-chefe do GSI, ao blog da Andréia Sadi no g1.
Segundo o portal Metrópoles, Cid recebeu detalhes do planejamento de segurança para eventos oficiais de Lula em Brasília, Foz do Iguaçu, (PR) e Boa Vista (RR). O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro também recebeu detalhes sobre a segurança do presidente em eventos no exterior, que ocorreram em Pequim e Xangai, na China.
Os e-mails com as informações foram enviados por três militares do GSI: Márcio Alex da Silva, do Exército; Dione Jefferson Freire, da Marinha; e Rogério Dias Souza, da Marinha. Os três estavam no órgão desde a gestão anterior, no governo Bolsonaro.
Amaro afirmou que o vazamento dessas informações “pode ter sido uma falha de permanência de lista de distribuição” e que está apurando o caso. “Não isenta a responsabilidade de culpa, mas vamos apurar”, prosseguiu.
Os e-mails enviados a Cid estavam na lixeira do seu e-mail e agora estão em posse da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de janeiro. Os militares enviaram diversas informações a ele, como documentos com data e horário da reunião de preparação, reconhecimento do local e dados sobre o nome e o celular do coordenador de segurança.