Aliados de Bolsonaro lucraram R$ 1 milhão com venda de relógio e estátuas, estima PF

Atualizado em 11 de agosto de 2023 às 12:24
Pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Lorena Cid tirou foto de objeto para venda e foi identificado pelo reflexo do item. Foto: Reprodução

A Polícia Federal estima que os aliados de Jair Bolsonaro lucraram cerca de R$ 1 milhão com a venda de presentes dados a ele durante missões oficiais. Em inquérito, a corporação destaca que o ex-presidente recebeu os objetos “na condição de chefe do Estado do governo brasileiro, em compromissos oficiais com representantes de outros países”. A informação é do jornal O Globo.

Entre os itens vendidos estão um relógio Rolex e duas estátuas duradas, uma de barco e outra de palmeira. A PF investiga um esquema de comercialização ilegal de objetos que foram dados e pertencem ao Estado brasileiro.

Entre os alvos da ação está o general Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Barbosa Cid. O general chefiou o escritório brasileiro da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Miami entre 2019 e o início de 2023.

Em janeiro deste ano, o general e seu filho, que é tenente-coronel, trocaram mensagens e enviaram imagens das duas estátuas recebidas por Bolsonaro. A PF interceptou os diálogos e identificou o rosto de Mauro Lorena Cid no reflexo de uma das fotos.

A operação da PF ainda cumpriu mandado de busca e apreensão contra o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, e o ex-ajudante de ordens Osmar Crivelatti.

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