PF vai apurar por que Bolsonaro recebeu tantos presentes no Oriente Médio

Atualizado em 11 de agosto de 2023 às 18:26
Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita, e Jari Bolsonaro em 2019. Foto: Reprodução

A Polícia Federal vai investigar por que as comitivas do ex-presidente Jair Bolsonaro receberam tantos presentes da Arábia Saudita. A “Operação Lucas 12:2” foi deflagrada nesta sexta (11) e teve como alvos o advogado Frederick Wassef, o general Mauro Lourena Cid e o ex-assessor Osmar Crivelatti, mas a corporação quer prosseguir com as investigações. A informação é do Blog da Andréia Sadi no g1.

A ação de hoje não alcançou Bolsonaro diretamente, mas a expectativa é que as apurações sobre o ex-presidente se intensifiquem nas próximas etapas. Uma dos pontos centrais do inquérito é esclarecer o motivo de a Arábia Saudita e outros países do Oriente Médio terem dado tantos presentes ao governo anterior.

Comitivas do governo Bolsonaro receberam presentes como relógios, joias, esculturas e até armas de fogo em visitas oficiais ao Catar e aos Emirados Árabes. Uma fonte da PF ainda aponta que marcas como Chopard e Rolex não são típicas do país.

A corporação investiga a venda ilegal de joias recebidas de presente por Bolsonaro e que pertenciam ao Estado. Agentes acharam indícios de que o próprio ex-presidente atuou no caso e chegou a receber os valores das vendas em dinheiro vivo.

O inquérito encontrou um dos kits recebidos pelo ex-presidente em um site de leilões online. Também foi descoberto que dois relógios foram transportados em avião oficial e vendidos nos Estados Unidos.

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