Bolsonaro elogiou Mauro Cid ao deixar o governo: “Coragem moral, camaradagem e discrição”

Atualizado em 12 de agosto de 2023 às 13:22
Mauro Cid e Bolsonaro. Foto: Reprodução

Em uma carta, assinada de próprio punho pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-capitão elogiou a “coragem moral, camaradagem e discrição” do tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens. A informação foi obtida pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

“Durante todo o período em que trabalhou como chefe de minha Ajudância de Ordens, o Ten. Cel. Cid desempenhou suas funções com ação destacada no cumprimento do dever, ultrapassando muitas vezes os limites normais e comuns de bravura, com entusiasmo e profissionalismo, cumprindo-as com altos padrões de eficiência e eficácia, além das obrigações normais inerentes a sua função, colocando, por vezes, sua integridade física em risco”, dizia a carta assinada pelo ex-capitão.

O ex-mandatário, além disso, elencou outros elogios ao militar no texto. “Suas qualidades profissionais, aliadas à sua coragem moral, camaradagem e discrição, fizeram com que angariasse o respeito e a admiração de todos aqueles que tiveram o privilégio de partilhar sua alegre e dinâmica companhia”, disse Bolsonaro.

Carta assinada por Bolsonaro e enviada a Mauro Cid – Foto: Reprodução

Em outro trecho, o ex-presidente ressaltou: “Profissional íntegro e responsável, possuidor de ímpar capacidade de trabalho, foi dinâmico, preciso e objetivo, evidenciando sua capacidade de comandante, chefe e líder na coordenação dos trabalhos da Ajudância de Ordens, prestando toda assistência a mim e à minha família de forma ininterrupta e imediata, deixando, por muitas vezes, o convívio de sua própria”.

O documento é datado de 31 de dezembro de 2022, mas foi enviado para o e-mail funcional do segundo-tenente Osmar Crivelatti, braço-direito de Cid na ajudância de ordens, no dia 29 de novembro.

À época, segundo a Polícia Federal (PF), Mauro Cid já atuava na venda ilegal dos presentes que Bolsonaro recebia de autoridades estrangeiras. Na última sexta-feira (11), o militar passou a ser suspeito de operar uma suposta organização criminosa de venda de presentes recebidos pelo Estado brasileiro no exterior.

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