O sangue dos torturados. Por Moisés Mendes

Atualizado em 13 de agosto de 2023 às 18:53
Escavações no DOI-Codi. (Foto: Reprodução)

Mais uma notícia para abalar a imagem da instituição pisoteada pelo bolsonarismo e seus bandidos finalmente a caminho da cadeia.

Marcelo Godoy informa hoje no Estadão que foram encontrados vestígios de sangue durante as escavações feitas no antigo DOI-Codi, na zona sul de São Paulo.

Pesquisadores de três universidades fazem no local (foto) um mutirão de arqueologia que o Brasil se negou a fazer por décadas.

E aparecem então mais provas de torturas cometidas na ditadura por gente que nunca foi punida, nem os torturadores, nem seus chefes militares de alta patente.

Todos da mesma instituição desmoralizada agora por um tenente que sempre afrontou seus comandos nas Forças Armadas, até o dia em que se tornou um preposto deles para mais um projeto de poder fardado.

Deu no que está aí. Os generais chefes de torturadores na ditadura tinham um sucessor, na estrutura do bolsonarismo, que não comandava crueldades, mas integrava uma quadrilha de negociadores de joias.

O filho coronel do general era um dos chefes da gangue a serviço de uma família.

O Brasil não pegou os torturadores e seus chefes, mas vai pegar os muambeiros fardados de relógios, colares e estátuas das arábias.

Que não escapem também os militares das quadrilhas de vampiros das vacinas, os cúmplices da matança de povos da Amazônia e os líderes da tentativa de golpe.

Prédio onde funcionou o DOI-Codi, atualmente Delegacia. Foto: Aline Lourenço

(As escavações são feitas por pesquisadores das universidades Federal de São Paulo (Unifesp), Estadual de Campinas (Unicamp) e Federal de Minas (UFMG) e devem ser concluídas em agosto. Que outros centros de tortura sejam investigados, e o Brasil faça o que argentinos, uruguaios e chilenos já fizeram há muito tempo)

Originalmente publicado por Blog do Moisés Mendes

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