O Ministério da Justiça demitiu três policiais rodoviários federais envolvidos no assassinato de Genivaldo Santos, em Sergipe, no ano passado. O titular da pasta, Flávio Dino, fez o anúncio dos desligamentos nesta segunda (14) e afirmou que eles “causaram ilegalmente a morte” da vítima.
“Estou assinando a demissão de 3 policiais rodoviários federais que, em 2022, causaram ilegalmente a morte do Sr. Genivaldo, em Sergipe, quando da execução de fiscalização de trânsito”, afirmou Dino. Ele morreu aos 38 anos após ser trancado por agentes da PRF no porta-malas de um carro e ser obrigado a inalar gás lacrimogêneo.
O ministro ainda disse que sua pasta está trabalhando para afastar outros agentes que “não cumprem a lei” e revisando os cursos para formação de policiais.
“Não queremos que policiais morram em confrontos ou ilegalmente matem pessoas. Estamos trabalhando com Estados, a sociedade civil e as corporações para apoiar os bons procedimentos e afastar aqueles que não cumprem a Lei, melhorando a Segurança de todos. Determinei a revisão da doutrina e dos manuais de procedimentos da Polícia Rodoviária Federal, para aprimorar tais instrumentos, eliminando eventuais falhas e lacunas”, completou.
Estou assinando a demissão de 3 policiais rodoviários federais que, em 2022, causaram ilegalmente a morte do Sr. Genivaldo, em Sergipe, quando da execução de fiscalização de trânsito. Não queremos que policiais morram em confrontos ou ilegalmente matem pessoas. Estamos…
— Flávio Dino ?? (@FlavioDino) August 14, 2023
Genivaldo tinha 38 anos quando foi abordado por cinco agentes da PRF na BR-101, em Umbaúba, no dia 25 de maio de 2022. Ele foi parado por trafegar de moto sem capacete e os policiais envolvidos no caso registraram o caso como uma “fatalidade desvinculada da ação policial legítima”.
Eles foram afastados da função um dia depois do episódio e o então ministro da Justiça, Anderson Torres, abriu uma investigação contra os agentes. A vítima sofria de esquizofrenia e já havia sido absolvido por laudo médico em 2016, quando se recusou a ser revistado por policiais por não entender o que pediam.
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