A Polícia Federal (PF) identificou no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), uma mensagem salva nos rascunhos que tinha como destinatário uma pessoa chamada Chase Leonard.
O nome que consta na mensagem é o mesmo que está no recibo do Rolex que foi recomprado pelo advogado Frederick Wassef nos Estados Unidos.
Segundo a PF, o rascunho no celular de Mauro Cid ainda tinha o link para “o anúncio de venda de um relógio da marca Rolex, similar ao que compunha o kit de joias em ouro branco e diamantes, encaminhado ao acervo privado do ex-presidente Jair Bolsonaro”.
O destinatário da mensagem, Chase Leonard, seria o responsável pelo atendimento na Precision Watches, loja da Pensilvânia, onde Wassef voltou para buscar o relógio.
No mesmo dia em que foi feito o rascunho, em 8 de março, Mauro Cid trocou mensagens com o assessor Marcelo Camara e o tenente do Exército Osmar Crivelatti sobre o mesmo assunto: “Kit ouro branco”.
Crivelatti diz na mensagem que precisa falar com Mauro Cid. Em resposta, o ex-ajudante encaminha o link da página da web da Precision Watches.
Logo depois, Crivelatti faz um pedido: “Segura a manobra”, se referindo à recuperação do Rolex.
No dia seguinte, 9 de março, Mauro Cid entrou em contato com Wassef. As mensagens entre os dois foram apagadas, mas a PF identificou que existiram interações pelo aplicativo WhatsApp.
Wassef confirmou, em entrevista na terça-feira (15), que viajou para os EUA e comprou um relógio Rolex em 14 de março como “presente ao governo brasileiro”. Porém, negou ter participado de uma “operação de resgate” da joia a mando de Mauro Cid.
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