O tenente-coronel André Luis Cruz Correia, que atuava na segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi exonerado do cargo após a Polícia Federal (PF) descobrir que ele fazia parte de um grupo de WhatsApp com militares da ativa que defendiam os atos golpistas de 8 de janeiro.
A exoneração de Correia foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 10 de agosto.
A PF descobriu a participação do segurança ao periciar o celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também integrava o grupo golpista. A corporação informou o Palácio do Planalto, que mandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) demitir o militar.
Investigadores da PF acreditam que o militar teria pedido ajuda de Cid para conseguir uma vaga em Brasília. A sua transferência para a capital federal ocorreu em 30 de março, quando ele foi nomeado para uma vaga no GSI. De acordo com o Portal da Transparência, o seu salário mensal era de R$ 26.148,15.
Correia fez ao menos seis viagens nacionais e internacionais na equipe do governo. Em cinco delas, o tenente-coronel acompanhou Lula, segundo a coluna de Lauro Jardim, do O GLOBO.
Dois dias antes da portaria que exonerou Correia do GSI ser publicada, o Comandante do Exército, Tomás Paiva, realocou o miltar para trabalhar como oficial no seu gabinete, no Quartel-General do Exército em Brasília.