A mídia resolveu ressuscitar Aécio Neves, fóssil pré-bolsonariano que só existe nos sonhos de Merval Pereira.
Na Folha de hoje, ele é o “vencedor da semana”, ao passo que o “perdedor” é Alexandre de Moraes.
Aécio ganhou o prêmio cascateiro por ter sido “reabilitado pelo PSDB e estrela de encontro que discutiu a ‘renovação’ do partido”.
Noves fora tudo, há uma contradição em termos aí: onde um veterano como Aécio Neves, com uma longa e triste carreira, pode ser considerado “renovação”? Só porque Eduardo Leite falou?
No Estadão, a coisa foi mais funda. “Aécio se reergue no PSDB, é ovacionado e promete: ‘Vamos voltar’”, dizia o título de uma matéria de quinta sobre o mesmo evento dos tucanos.
O que está por trás disso? Campanha. Desespero. Segue firme a busca pela “terceira via” e, nesse esforço, vale tudo, de exorcismo a exumação de cadáveres.
Na grande frase do diplomata francês Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord a respeito dos Bourbon: “Não aprenderam nada, não esqueceram nada”.