Banco dos Brics planeja começar a emprestar em reais ainda em 2023

O banco terá mais US$ 1 bilhão para emprestar ao Brasil neste segundo semestre

Atualizado em 26 de agosto de 2023 às 19:08
O presidente Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff. Foto: Reprodução

O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), popularmente conhecido como o Banco do Brics e presidido atualmente pela ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff, planeja começar a emprestar em reais ainda neste ano, segundo a coluna de Assis Moreira, no Valor Econômico.

Na cúpula do Brics, que aconteceu nesta semana, em Joanesburgo, na África do Sul, Dilma tratou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de fazer “o quanto antes” a primeira captação em reais, em busca de reduzir gradualmente a dependência em relação ao dólar.

Ela também avisou que o banco terá mais US$ 1 bilhão para emprestar ao Brasil no segundo semestre. Nos primeiros seis meses do ano, o Brasil foi o sócio que teve menor volume de financiamentos aprovados, somando US$ 583 milhões.

Durante a reunião dos Brics, a ex-presidente relatou aos líderes presentes que o banco, nos últimos cinco meses, retornou ao mercado 13 vezes, levantando fundos em renminbi, dólares americanos, dólares de Hong Kong e rands sul-africanos, totalizando US$ 4,3 bilhões. A primeira emissão na África do Sul foi de 1,5 bilhão de rands, ou cerca de US$ 80 milhões.

“Estamos em estágio avançado de obtenção das aprovações necessárias para emitir títulos em rúpias na Índia e também iniciamos estudos legais para nos capacitar a captar recursos em reais brasileiros”, disse ela.

A expectativa é de que a operação em rúpia na Índia ocorra já em outubro. Conforme o plano do banco 2022-2026, preparado antes de Dilma chegar à presidência, 30% de todo o financiamento fará uso de moedas dos países membros.

Dilma também destacou que o financiamento de moeda local dos países membros do bloco ajudará a acabar com os riscos que a exposição às taxas de cambio e às taxas de juros internacionais representam para o financiamento dos mutuários soberanos e privados, proporcionando custos mais baixos e segurança.

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