Em seu primeiro desfile do novo mandato, o presidente Lula participou do desfile de 7 de Setembro em Brasília ao lado de Janja e autoridades.
Bolsonaristas estão dizendo que o evento “flopou”, que estava “esvaziado”, “nada aconteceu” — ótimo. Essa é a normalidade esperada, não a histeria coletiva de um depravado gritando que é “imbrochável”.
Em um evento marcado pela presença da ministra Rosa Weber, presidente do STF, e líderes do Congresso e Forças Armadas, foi retomado um espírito de união e respeito às instituições democráticas.
Rosa Weber encerrou um jejum de dois anos sem representação do Supremo nas festividades, iniciado no período em que Luiz Fux presidia a Corte e que foi marcado por ataques à democracia.
Fortalecimento das Relações com Forças Armadas e Tensões Passadas
A celebração ocorre em um momento de tensão com os militares devido às investigações sobre tentativas de golpe e o roubo das joias por Jair Bolsonaro e asseclas. Lula expressou sua intenção de usar a data para fortalecer as relações com as Forças Armadas e promover a união nacional numa série de fotos com Múcio e os chefes militares.
Retorno ao Espírito Cívico
Comparado com os anos anteriores sob a administração de Bolsonaro, tudo foi menos politizado. Em gestões anteriores, o 7 de Setembro era usado para inflar o golpismo. Este ano, as festividades tiveram um clima mais cívico e até lúdico.
A cerimônia contou com a presença da maioria dos ministros, um dia após a mini-reforma. A ausência notável foi da ex-ministra do Esporte, Ana Moser, que foi demitida e liberou uma nota expressando sua “tristeza e consternação”.
O Público e a Manifestação Cívica
As arquibancadas tinham aproximadamente 50 mil pessoas, superando as expectativas iniciais. As manifestações políticas do público foram mais contidas, limitando-se a gestos e cânticos em apoio ao Presidente Lula. Vestida de vermelho-PT, Janja fez o L alguma vezes.
Um dos momentos mais emocionantes foi a aparição de Zé Gotinha, o mascote de campanhas de vacinação que havia sido esquecido na gestão Bolsonaro. O personagem recebeu uma recepção calorosa.
Foi a retomada da essência cívica e democrática da celebração, com foco em unidade e respeito às instituições, especialmente após o sequestro da data por um governo delinquente.
O desfile do 7 de Setembro teve participação especial: o Exército Brasileiro de origem indígena. Os militares das etnias Tariano, Kuripaco, Baré, Kubeo, Yanomami e Wanano saudaram o presidente Lula em suas línguas nativas. Viva a Independência do Brasil. Tudo pela Amazônia!… pic.twitter.com/7KYyq6Iqzs
— Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) September 7, 2023