Lula traz o 7 de Setembro de volta à normalidade, sem golpismo, com Zé Gotinha e Janja fazendo o “L”

Atualizado em 7 de setembro de 2023 às 14:50
Lula e Janja no desfile de 7 de setembro em Brasília

Em seu primeiro desfile do novo mandato, o presidente Lula participou do desfile de 7 de Setembro em Brasília ao lado de Janja e autoridades.

Bolsonaristas estão dizendo que o evento “flopou”, que estava “esvaziado”, “nada aconteceu” — ótimo. Essa é a normalidade esperada, não a histeria coletiva de um depravado gritando que é “imbrochável”.

Em um evento marcado pela presença da ministra Rosa Weber, presidente do STF, e líderes do Congresso e Forças Armadas, foi retomado um espírito de união e respeito às instituições democráticas.

Rosa Weber encerrou um jejum de dois anos sem representação do Supremo nas festividades, iniciado no período em que Luiz Fux presidia a Corte e que foi marcado por ataques à democracia.

Fortalecimento das Relações com Forças Armadas e Tensões Passadas

A celebração ocorre em um momento de tensão com os militares devido às investigações sobre tentativas de golpe e o roubo das joias por Jair Bolsonaro e asseclas. Lula expressou sua intenção de usar a data para fortalecer as relações com as Forças Armadas e promover a união nacional numa série de fotos com Múcio e os chefes militares.

Retorno ao Espírito Cívico

Comparado com os anos anteriores sob a administração de Bolsonaro, tudo foi menos politizado. Em gestões anteriores, o 7 de Setembro era usado para inflar o golpismo. Este ano, as festividades tiveram um clima mais cívico e até lúdico.

A cerimônia contou com a presença da maioria dos ministros, um dia após a mini-reforma. A ausência notável foi da ex-ministra do Esporte, Ana Moser, que foi demitida e liberou uma nota expressando sua “tristeza e consternação”.

O Público e a Manifestação Cívica

As arquibancadas tinham aproximadamente 50 mil pessoas, superando as expectativas iniciais. As manifestações políticas do público foram mais contidas, limitando-se a gestos e cânticos em apoio ao Presidente Lula. Vestida de vermelho-PT, Janja fez o L alguma vezes.

Um dos momentos mais emocionantes foi a aparição de Zé Gotinha, o mascote de campanhas de vacinação que havia sido esquecido na gestão Bolsonaro. O personagem recebeu uma recepção calorosa.

Foi a retomada da essência cívica e democrática da celebração, com foco em unidade e respeito às instituições, especialmente após o sequestro da data por um governo delinquente.