PF aceita delação premiada de Mauro Cid; MPF e STF devem autorizar

Atualizado em 7 de setembro de 2023 às 15:09
Tenente-coronel Mauro Cid. Foto: reprodução

A Polícia Federal aceitou fechar um acordo de delação premiada com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Ele prestou depoimento por mais de 20 horas à corporação nas últimas semanas em ocasiões diferentes, mas o Ministério Público Federal (MPF) ainda precisa ser ouvido sobre as condições para firmar o acordo, e o Supremo Tribunal Federal precisa autorizar. A informação é do blog da Andréia Sadi no g1.

A delação só valerá após aval do Supremo Tribunal Federal (STF) e o advogado de Cid, o criminalista Cézar Bittencourt, ainda não se manifestou publicamente sobre o assunto.

O ex-ajudante de ordens é investigado no suposto esquema de fraude de carteiras de vacinação, no âmbito de inquérito que apura a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, no caso de venda ilegal de presentes oficiais do governo Bolsonaro no exterior e também é suspeito de envolvimento em tratativas sobre possível golpe de Estado. Ainda não se sabe qual será o foco da delação.

O inquérito que mais tem avançado é o que apura o esquema da venda de joias. Nas últimas semanas, o advogado de Cid deu uma série de declarações sobre o caso e afirmou que seu cliente “assumiu tudo”, sem fazer nenhuma acusação contra o ex-presidente.

A Polícia Federal já tinha negociações avançadas para selar um acordo de delação premiada com o tenente-coronel. Ele foi preso em maio e agentes da corporação tentavam obter informações sobre o caso das joias. Na última quinta (31), ele prestou depoimentos por cerca de 10 horas, enquanto outros convocados, como Bolsonaro, sua esposa Michelle e o advogado Fábio Wajngarten ficaram em silêncio.

Fontes da PF avaliam que ele pode revelar mais do que informações sobre o caso das joias, no entanto, e pode contribuir com a apuração do fluxo financeiro do ex-presidente.

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