Ladies & Gentlemen:
Ao ver, aqui em Londres, a peleja em que o Corinthians bateu a Dumb (nota da tradutora: Lusa, ou Burra, como Boss a chama) por 2 a 0 com o segundo quadro tive uma certeza.
O segundo melhor time do Brasil hoje, depois do Corinthians, é o time reserva do Corinthians.
Me ocorre que, num mundo globalizado, o Corinthians A poderia disputar a Premier League. O Corinthians B ficaria em casa para o Campeonato Brasileiro.
O menino Malcom, infernal em suas arrancadas pelo lado direito do pitch com sua canhota diabólica, é apenas um dos craques do time reserva.
O maestro Danilo, um quase Zidane com suas passadas calmas e passes precisos, é outro. Petros poderia estar na seleção brasileira, mas no time do Corinthians tem que se esforçar um pouco mais.
Faltava ao Almighty apenas uma coisa: um estádio inglês. A Arena Corinthians supriu essa lacuna.
O gramado é bonito e livre de irregularidades, e as linhas arquitetônicas do estádio são impecáveis.
Mas o detalhe mais importante está nas arquibancadas: os corintianos, que sempre as lotam.
No jogo de ontem, por exemplo, 25 000 pessoas estavam lá. Era uma partida desimportante, e os craques titulares foram poupados.
Boss, que assistiu ao jogo comigo, comentou. “Se fosse o São Paulo, não ia ter um décimo desse público.”
A plateia foi recompensada por uma exibição de alto nível. O toque de bola sugeria que aqueles footballers do time reserva jogavam juntos há muito tempo – mas na equipe principal.
Desliguei a televisão convencido de que o time reserva do Corinthians é a segunda melhor equipe do Brasil.
Boss, sem nenhuma hesitação, concordou.
Sincerely.
Scott
Tradução: Erika Kazumi Nakamura