Os advogados do doleiro Alberto Youssef entrarão com uma ação-bomba no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-juiz e atual senador Sergio Moro que pode implodir toda a investigação da Lava Jato.
Youssef teria reunido provas contra Moro que podem anular o acordo de delação premiada feita por ele no começo na força-tarefa e que arrastou políticos e empreiteiros para a prisão por corrupção. A informação é da coluna Radar, da revista Veja.
O ex-operador de propinas na diretoria de Abastecimento da Petrobras elaborou um inventário de atos do ex-juiz que teriam contribuído para “acobertar” o escândalo do grampo clandestino encontrado na carceragem da Polícia Federal (PF) de Curitiba logo no início da Lava Jato.
A escuta teria sido implantada irregularmente para monitorar as conversas entre o doleiro e a defesa para serem usadas em achaques. Para Youssef, foi a suposta “ingerência” de Moro na investigação sobre o grampo que conseguiu abafar o caso e evitar que a Lava Jato “ruísse” na primeira fase da operação.
Agora, na ação que será protocolada no STF, o doleiro pede que o ministro Dias Toffoli assuma a investigação contra Moro sobre os grampos encontrados em sua cela em 2014.
Vale destacar que Youssef já havia tentado acessar o laudo da investigação, no entanto, não teve êxito no período em que Moro esteve à frente da 13ª Vara Federal de Curitiba. Apenas em 2023, o doleiro conseguiu analisar o material, a partir de uma nova petição apresentada a Eduardo Appio.
Moro, por sua vez, disse que não cometeu nenhuma irregularidade no caso do grampo encontrado na cela de Youssef. Segundo ele, o caso foi analisado por “vários juízes” desde a sua saída da magistratura e que acabou arquivado “com correção” por Luiz Antonio Bonat, então juiz da Lava Jato.
“O caso no Paraná passou por vários juízes, sendo arquivado pelo juiz Luiz Antonio Bonat, que agiu com correção. Qualquer insinuação sobre o meu envolvimento é calúnia”, ressaltou Moro.
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