Após viralizarem os vídeos de estudantes da Universidade Santo Amaro (Unisa) realizando a “volta olímpica” nus e de outros casos controversos, como o “punhetaço”, surgiram novas gravações de alunos do Centro Universidade São Camilo exibindo as nádegas no mesmo evento, que aconteceu em abril nos jogos universitários de medicina.
As cenas, que incluem estudantes mostrando as nádegas para o público, juntamente com um incidente separado envolvendo estudantes da Unisa correndo nus e com as mãos nos órgãos genitais, fazendo o que chamam de “punhetaço”, só ganharam ampla divulgação recentemente, após a circulação de vídeos no WhatsApp.
A Unisa tomou medidas enérgicas ao expulsar os alunos identificados nos casos controversos e levou o assunto às autoridades públicas para investigação adicional. Por sua vez, o Centro Universitário São Camilo afirmou que está avaliando as imagens e considerando medidas disciplinares com base em seu regimento interno. A instituição também está trabalhando na conscientização dos alunos sobre conduta ética e planeja elaborar um código de conduta para as atléticas universitárias.
? Alunos da São Camilo abaixam as calças no mesmo evento que estudantes da Unisa simulam masturbação pic.twitter.com/ZmVYhE54yO
— UOL Notícias (@UOLNoticias) September 20, 2023
Desde o fim de semana, outras tradições dos jogos universitários de medicina, como o rito em que os estudantes correm pelados entre as torcidas de outras faculdades, recebendo tapas e socos enquanto passam por um “corredor polonês”.
Além da “volta olímpica”, também é comum ações polêmicas que incluem práticas como jogar farinha e ovo nos seios das calouras, conhecida como “bater bolo”. Os veteranos também costumavam pedir para que os calouros se despissem e jogassem peças de roupa na mulher de sua escolha.
Estudantes de medicina argumentam que essas práticas são consideradas “brincadeiras” e que ninguém é obrigado a participar delas. Eles enfatizam que esses eventos ocorrem em locais fechados e negam a existência de conotações sexuais nessas tradições.
Outra prática frequente é o canto de hinos misóginos e preconceituosos. No caso da Universidade Santo Amaro, há um hino sobre colocar o “dedo na vagina” e “entrar mordendo”.