Sob aplausos dos bolsonaristas, o ex-ministro General Augusto Heleno chegou à sessão da CPMI e iniciou sua participação com uma declaração inicial antes de responder às perguntas.
O ex-chefe do GSI assegurou que nunca discutiu assuntos eleitorais com seus subordinados no GSI. Ele também esclareceu que encerrou suas funções como ministro em 31 de dezembro, portanto, não estava em posição de fornecer informações sobre os eventos de 8 de janeiro.
Por fim, o General Heleno destacou que nunca esteve presente no acampamento que foi descrito como golpista, pois não considerava que era algo relevante: “Tratava-se de uma manifestação política e pacífica.”
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro está ouvindo, nesta terça-feira (26), o depoimento do general Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
O ministro Cristiano Zanin, entretanto, permitiu, no entanto, que ele fique em silêncio para não se autoincriminar durante a oitiva no colegiado.
“O paciente, na condição de testemunha, tem o dever legal de manifestar-se sobre fatos e acontecimentos relacionados ao objeto da investigação, ficando-lhe assegurado, por outro lado, (i) o direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação se instado a responder perguntas cujas respostas possam resultar em seu prejuízo ou em sua incriminação; e (ii) assistência de advogados durante sua oitiva, podendo comunicar-se com eles, observados os termos regimentais e a condução dos trabalhos pelo Presidente da CPMI”, escreveu Zanin em sua decisão.
Heleno foi convocado pela CPMI na condição de testemunha, mas seus advogados alegam que ele deveria ser tratado como investigado.
Parlamentares querem que ele esclareça seu envolvimento com o ataque terrorista promovidos por bolsonarista na capital federal. O colegiado aprovou sua convocação em junho deste ano, junto de requerimentos que pediam para ouvir outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).