O deputado Abílio Brunini (PL-MT) foi expulso da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro na sessão desta terça (26). O bolsonarista interrompia a colega Duda Salabert (PDT-MG), que fazia perguntas ao depoente, o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno.
O presidente do colegiado, Arthur Maia (União-BA), ameaçou expulsar o deputado caso continuasse interrompendo Salabert. Em resposta, Brunini desafiou: “Vai fazer o que? Não vou sair”.
Maia então suspendeu a sessão até que o bolsonarista deixasse o plenário. “Vossa excelência vai sair do recinto agora. Solicito que a segurança que retire o deputado Abílio do plenário. Está suspensa a reunião e o deputado Abílio vai ser retirado”, afirmou Maia.
Brunini se recusou a deixar a sessão. O presidente do colegiado pediu desculpas à deputada por interromper sua fala e prometeu que o depoimento só será retomado quando o bolsonarista se retirar. “Caso não se retire, na próxima semana não entrará nesse plenário”, prosseguiu.
Brunini ficou revoltado com uma fala de Salabert, reclamando que ela falava “asneiras” por dizer que o general “vai sair preso” da oitiva. Heleno discutiu com a parlamentar durante as perguntas e até ameaçou processá-la.
⚠️ ATENÇÃO: Arthur Maia (União-BA), presidente da CPMI do 8/1, manda retirar Abilio Brunini (PL -MT) do local. Deputado se recusa e sessão é suspensa até que Brunini acate a decisão. pic.twitter.com/lJLrxDfGwo
— Metrópoles (@Metropoles) September 26, 2023
Essa não é a primeira vez Brunini gera tumulto em sessões da CPMI. Ele costuma participar das sessões para atrapalhar parlamentares da base governista, fazendo comentários em voz e zombando deles. Arthur Maia já havia ameaçado expulsá-lo da reunião do colegiado em agosto, quando ele e André Fernandes (PL-CE) provocaram Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Ele age para atrapalhar os trabalhos da comissão desde a primeira sessão. Em maio, quando a CPMI foi instalada no Congresso nacional, ele apareceu usando camiseta e calça jeans.