Diego Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), foi assassinado a tiros em um quiosque na Avenida Lúcio da Costa, na Barra de Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira (5).
Assim como o cunhado de Gláuber Braga (PSOL-RJ), o irmão de Marcelo Freixo foi assassinado a tiros em uma execução quando chegava em casa, em Piratininga, bairro nobre da Região Oceânica de Niterói (RJ), em 5 de julho de 2006.
Na época, Renato Freixo era filiado ao PSOL e trabalhava como Assessor na Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Niterói. Renato estava com sua esposa no momento do crime. Ela sobreviveu.
Descrito pelo irmão como “pacato, honesto e digno”, Renato era pai de duas crianças e foi mais uma vítima da violência de caráter miliciano no Rio de Janeiro.
Foram indiciados pelo crime os ex-PMs Fabio Montibelo e Marcelo dos Reis Freitas. Eles foram os mandantes do crime, segundo a polícia. Alexandre Ramos, também conhecido como Bacalhau, foi o executor. As investigações só foram concluídas em 2020.
De acordo com a polícia, a motivação do crime seria vingança. Marcelo dos Reis e Alexandre Ramos faziam a segurança do condomínio de Freixo e foram demitidos pelo então síndico do prédio, Renato Freixo, que alegou que a dupla desempenhava a função de forma irregular.
Renato Freixo e a mulher foram atingidos por tiros quando pararam o carro para entrar na garagem do prédio onde moravam. Valéria Motta foi atingida no ombro e no peito e conseguiu sobreviver.
A conclusão das investigações, completa apenas em 2020, sempre causou indignação em Marcelo Freixo. “Meu irmão foi uma pessoa brutalmente assassinada com 34 anos. Deixou duas filhas pequenas e uma família completamente dilacerada. Foi uma pessoa que só fez o bem no tempo em que esteve vivo e, 14 anos depois, a gente recebe a informação de que o inquérito foi concluído. A gente aguarda Justiça e não vingança, que é isso que nos diferencia desta brutalidade toda que tomou conta do Rio de Janeiro”, afirmou na época.
Morte de Diego Bomfim
Além de Diego Ralf Bomfim, os médicos Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida também foram vítimas fatais do ataque, enquanto Daniel Sonnewend Proença ficou ferido e foi encaminhado para o Hospital Lourenço Jorge, também localizado na Barra (RJ).
Eles estavam na cidade para participar de um congresso internacional de ortopedia chamado Minimally Invasive Foot Ankle Society (Mifas), num hotel onde estava hospedados. A Polícia Civil do RJ acredita em execução, já que nada foi levado, e os criminosos chegaram atirando.
O crime aconteceu no início da madrugada, quando os quatro médicos estavam em um quiosque localizado em frente ao Hotel Windsor, na Avenida Lúcio Costa. À 0h59, um veículo branco parou próximo ao local, e três indivíduos vestidos de preto, portando pistolas, desembarcaram e efetuaram disparos à queima-roupa.
Assista o momento do crime:
➡️ Veja momento em que médicos são executados em quiosque no RJ
Os médicos estavam no Rio de Janeiro para um congresso de ortopedia. Grupo atirou em profissionais em um quiosque na Barra da Tijuca
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— Metrópoles (@Metropoles) October 5, 2023