Irmão de Freixo foi assassinado pela milícia e ex-PM era o mandante

Atualizado em 5 de outubro de 2023 às 11:50
Renato Freixo faz o L na Foto; Marcelo Freixo está no canto inferior direito, de cabelos longos e barba. Foto: Reprodução/Twitter

Diego Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), foi assassinado a tiros em um quiosque na Avenida Lúcio da Costa, na Barra de Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira (5).

Assim como o cunhado de Gláuber Braga (PSOL-RJ), o irmão de Marcelo Freixo foi assassinado a tiros em uma execução quando chegava em casa, em Piratininga, bairro nobre da Região Oceânica de Niterói (RJ), em 5 de julho de 2006.

Na época, Renato Freixo era filiado ao PSOL e trabalhava como Assessor na Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Niterói. Renato estava com sua esposa no momento do crime. Ela sobreviveu.

Descrito pelo irmão como “pacato, honesto e digno”, Renato era pai de duas crianças e foi mais uma vítima da violência de caráter miliciano no Rio de Janeiro.

Foram indiciados pelo crime os ex-PMs Fabio Montibelo e Marcelo dos Reis Freitas. Eles foram os mandantes do crime, segundo a polícia. Alexandre Ramos, também conhecido como Bacalhau, foi o executor. As investigações só foram concluídas em 2020.

De acordo com a polícia, a motivação do crime seria vingança. Marcelo dos Reis e Alexandre Ramos faziam a segurança do condomínio de Freixo e foram demitidos pelo então síndico do prédio, Renato Freixo, que alegou que a dupla desempenhava a função de forma irregular.

Renato Freixo e a mulher foram atingidos por tiros quando pararam o carro para entrar na garagem do prédio onde moravam. Valéria Motta foi atingida no ombro e no peito e conseguiu sobreviver.

A conclusão das investigações, completa apenas em 2020, sempre causou indignação em Marcelo Freixo. “Meu irmão foi uma pessoa brutalmente assassinada com 34 anos. Deixou duas filhas pequenas e uma família completamente dilacerada. Foi uma pessoa que só fez o bem no tempo em que esteve vivo e, 14 anos depois, a gente recebe a informação de que o inquérito foi concluído. A gente aguarda Justiça e não vingança, que é isso que nos diferencia desta brutalidade toda que tomou conta do Rio de Janeiro”, afirmou na época.

Morte de Diego Bomfim

O médico Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada Sâmia Bomfim. Foto: Reprodução

Três médicos ortopedistas de São Paulo foram mortos a tiros e um quarto foi baleado, na madrugada desta quinta-feira (5), em um quiosque na Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Além de Diego Ralf Bomfim, os médicos Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida também foram vítimas fatais do ataque, enquanto Daniel Sonnewend Proença ficou ferido e foi encaminhado para o Hospital Lourenço Jorge, também localizado na Barra (RJ).

Médicos Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida, Diego Ralf Bonfim e Daniel Sonnewend Proença foram alvo de ataque a tiros no Rio — Foto: Reprodução

Eles estavam na cidade para participar de um congresso internacional de ortopedia chamado Minimally Invasive Foot Ankle Society (Mifas), num hotel onde estava hospedados. A Polícia Civil do RJ acredita em execução, já que nada foi levado, e os criminosos chegaram atirando.

O crime aconteceu no início da madrugada, quando os quatro médicos estavam em um quiosque localizado em frente ao Hotel Windsor, na Avenida Lúcio Costa. À 0h59, um veículo branco parou próximo ao local, e três indivíduos vestidos de preto, portando pistolas, desembarcaram e efetuaram disparos à queima-roupa.

Assista o momento do crime:

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