“Não resta dúvida de que médicos foram mortos por engano”, diz secretário da Polícia Civil do RJ

Atualizado em 6 de outubro de 2023 às 13:12
Momento em que os médicos foram assassinados na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução

O secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Renato Torres, confirmou que os três médicos assassinados nesta quinta (5) foram mortos “por engano”. A hipótese foi confirmada após a corporação encontrar os corpos de traficantes suspeitos de terem realizado o atentado.

“Não resta mais dúvida alguma de que os médicos foram assassinados por engano”, afirmou Torres. Segundo ele, o caso está praticamente esclarecido e os traficantes teriam sido mortos por insatisfação de seus chefes com a repercussão dos assassinatos.

“A facção criminosa entrou em desespero com a repercussão do assassinato dos médicos por engano. E determinou a eliminação dos envolvidos na ação equivocada”, prosseguiu o secretário da Polícia Civil no estado. Os corpos dos criminosos foram encontrados na noite de ontem na Zona Oeste do Rio.

No total, quatro corpos foram localizados pela Delegacia de Homicídios, com apoio da inteligência da polícia. Três deles estavam dentro de um carro e o quarto, em um segundo veículo. Entre os criminosos mortos estão Philip Motta Pereira, o Lesk, e Ryan Nunes de Almeida, o Ryan, ambos suspeitos de participação no ataque.

“Quando a facção criminosa confirmou o equívoco, avisou que os envolvidos seriam punidos”, relatou Torres. Ele diz que os investigadores ainda buscam pelo carro usado no ataque e a suspeita é que o mesmo veículo foi usado em outras execuções na guerra entre traficantes e milicianos na Zona Oeste do Rio. A corporação ainda procura outros suspeitos.

Médico Perseu Ribeiro Almeida e Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de Dalmir Pereira Barbosa, líder de uma milícia que atua na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Foto: Reprodução

Segundo as investigações, o atentado seria uma vingança pelo assassinato do traficante Paulo Aragão Furtado, conhecido como “Vin Diesel”, morto em 16 de setembro por milicianos. Os criminosos confundiram o alvo e acabaram matando os três médicos por engano.

O alvo dos traficantes era Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de um dos principais chefes de uma milícia da Zona Oeste que teria participado da morte de Vin Diesel. Eles receberam a informação de que o miliciano estaria no quiosque onde ocorreu o ataque, mas quem estava no local de fato era o médico Perseu Ribeiro Almeida.

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