O novo conflito entre Israel e Hamas, que começou neste sábado (7), é mais um capítulo de um disputa territorial que perdura há décadas. Mas, afinal, quem são os personagens deste enfrentamento? E quais são sua ligação com o recente ataque que já matou mais de 500 pessoas na Faixa de Gaza?
Israelenses são cidadãos do Estado de Israel, que foi criado no fim da década de 1940 pela Nações Unidas. Na época, o órgão propôs a criação de dois Estados: um judeu e um árabe, instalados na Palestina, sob um mandato britânico.
A justificativa para o ato era de “concretizar a promessa de se fundar um território para os judeus, que estavam há muitos séculos dispersos pelo mundo e que haviam acabado de sofrer uma perseguição inimaginável pelo Holocausto”, explica o mestre em relações internacionais, Uriã Fancelli, em entrevista ao G1.
Apesar da proposta ter sido aceita por líderes judeus, o lado árabe rejeitou. Mesmo assim, em 1948, os judeus proclamaram o Estado de Israel. Isso culminou na guerra árabe-israelense no mesmo ano.
Palestinos e o Hamas
Os palestinos são um povo de etnia árabe, de maioria mulçumana, que habitava a região entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo. Eles passaram a viver na Faixa de Gaza e Cisjordânia após a criação do Estado de Israel.
“Apesar de a maior parte dos palestinos estarem em Gaza e na Cisjordânia, as duas regiões são geograficamente separadas por Israel. Em 2012, a ONU reconheceu o ‘Estado da Palestina’ como Estado observador, mas ainda não há um território muito bem delimitado do que seria esse Estado”, relembrou Uriã Fancelli.
No entanto, mesmo com esforços da comunidade internacional para mediar o conflito entre israelenses e palestinos, houve a ascensão do grupo Hamas.
O grupo quer a extinção do Estado de Israel e, desde 2006, eles controlam da Faixa de Gaza. “Algo importante de frisar é que a maior parte dos integrantes do Hamas é de palestinos, contudo, nem todo palestino necessariamente faz parte do Hamas. Confundir os palestinos com o Hamas é a mesma coisa que dizer que todo afegão é membro da Al-Qaeda”, finalizou Uriã.