Coronel investigado no caso das joias é demitido do governo e será contratado pelo PL

Atualizado em 11 de outubro de 2023 às 15:45
Marcelo Câmara (em destaque) junto do ex-presidente Jair Bolsonaro e membros do governo. Foto: Reprodução

Assessor fiel do ex-presidente Jair Bolsonaro e coronel investigado no caso das joias, Marcelo Câmara foi exonerado do governo nesta quarta (11). Ele atuava, desde janeiro, como um dos assessores disponibilizados a ex-chefes do Executivo quando deixam o Palácio do Planalto.

Câmara é visto como um dos principais personagens no esquema de venda de presentes oficiais recebidos no exterior. Em dezembro do ano passado, Bolsonaro assinou uma procuração em cartório para permitir que o assessor cuidasse de seu acervo durante o mandato.

Ele também chefiou uma espécie de Abin (Agência Brasileira de Inteligência) paralela, produzindo dossiês para o então presidente, e foi alvo de busca e apreensão em maio deste ano no caso que apura a inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

Câmara também foi citado pelo hacker Walter Delgatti Neto durante seu depoimento à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do  de Janeiro. Segundo ele, o assessor foi responsável por levá-lo para uma reunião com técnicos do Ministério da Defesa após ordem de Bolsonaro.

O ex-assessor de Bolsonaro recebia mensalmente um salário de R$ 11 mil. A assessoria do ex-presidente alega que sua equipe está sendo redesenhada.

Agora, segundo a coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo, Câmara deve ser contratado pelo PL com uma remuneração de R$ 25 mil. O valor é pago a coronéis que trabalham pelo partido.

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