Informações recentes obtidas por diplomatas estrangeiros sugerem que Israel está se preparando para uma possível invasão terrestre da Faixa de Gaza após uma série de ataques à população local como resposta a uma ofensiva do grupo Hamas.
Embora as autoridades israelenses não tenham confirmado oficialmente tais planos, vários governos ao redor do mundo estão acelerando a retirada de seus cidadãos da região em meio ao temor de uma escalada iminente do conflito.
Segundo apuração de Jamil Chade, no UOL, Israel estaria seguindo uma estratégia de esgotamento dos recursos essenciais, incluindo serviços, alimentos e água, da população de Gaza nos últimos dias, como uma possível preparação para uma operação terrestre em larga escala.
De acordo com os serviços de inteligência estrangeiros, existe a possibilidade de que Israel estabeleça uma “zona tampão” de até dois quilômetros dentro dos limites da Faixa de Gaza, com a Marinha sendo potencialmente empregada para garantir o controle da região por meio de desembarques de tropas.
Além disso, as informações indicam que a situação na Cisjordânia e em Jerusalém ocupada também está propensa a piorar, com previsões de um aumento na violência entre israelenses e cidadãos palestinos, particularmente em resposta aos apelos do Hamas e do Jihad Islâmico para que os cidadãos dessas regiões se unam à resistência.
O major Roni Kaplan, porta-voz dos reservistas das Forças de Defesa de Israel, confirmou que Israel pode realizar uma ação terrestre durante uma entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (12). Segundo Kaplan, há 35 batalhões posicionados na fronteira com Gaza, prontos para a ação caso haja aval do governo israelense.
As informações disponibilizadas pelos palestinos indicam que 1.417 pessoas em Gaza perderam a vida desde o início dos ataques israelenses. Entre as vítimas, 447 são crianças e 248 são mulheres. Em Israel, o número de mortos durante os ataques do grupo radical Hamas chega a 1.300, incluindo mulheres e crianças. Informações recentes até mencionaram bebês mortos em um kibutz atacado pelo grupo.
Israel também reestabeleceu o controle de comunidades ao redor da Faixa de Gaza e impôs um “cerco total” no território. Na terça-feira (9), o porta-voz das forças militares afirmou que havia tropas batalhando em sete ou oito pontos da região e que quatro divisões de combate foram instaladas no sul do país.
“Estamos impondo um cerco total à Gaza. Sem eletricidade, sem comida, sem água, sem gás, tudo bloqueado. Estamos lutando contra animais e agimos em conformidade”, afirmou o ministro israelense da Defesa, Yoav Gallan
Além das consequências para a população palestina, preocupa o destino de dezenas de reféns nas mãos do Hamas. A quantidade exata é incerta, mas Israel alega que pelo menos 95 pessoas foram levadas pelo grupo Hamas para Gaza.