O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou a existência de um acordo de cessar-fogo temporário em Gaza para facilitar a retirada de estrangeiros da região.
Isso contradiz as informações divulgadas pela agência Reuters, que com base em duas fontes de segurança egípcias, afirmou que Egito, Israel e Estados Unidos tinham concordado em implementar um cessar-fogo e reabrir a fronteira em Rafah.
“Não há cessar-fogo e entrada de ajuda humanitária em Gaza em troca da saída de estrangeiros”, afirmou um comunicado divulgado pelo gabinete de Netanyahu, após a circulação de informações que citavam uma trégua.
Salama Marouf, chefe do gabinete de comunicação do Hamas, também declarou que não havia recebido qualquer informação do Egito sobre um plano para abrir a fronteira.
O acordo, conforme relatado pela Reuters, supostamente entraria em vigor às 9h no horário local (3h no horário de Brasília) desta segunda-feira, 16 de outubro. Entretanto, as fontes da agência em Al-Arish informaram que a fronteira permanecia fechada após esse horário.
A Reuters também informou que o cessar-fogo estaria vinculado à reabertura da passagem na fronteira de Rafah, localizada no sul de Gaza, que liga o território palestino à Península do Sinai, no Egito. Segundo a agência, os três países concordaram em manter a fronteira egípcia de Rafah aberta até as 17h no horário local (11h no horário de Brasília).
Até o momento, a Embaixada dos Estados Unidos em Israel não emitiu nenhum comunicado oficial a respeito. Se esse acordo fosse concretizado, permitiria a saída segura de cidadãos estrangeiros de Gaza e possibilitaria a chegada de assistência humanitária vital ao território palestino.