A Human Rights Watch criticou os EUA por terem vetado uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, proposta pelo Brasil, que apelava à criação de corredores humanitários, à suspensão dos combates e à rescisão da ordem de Israel, que pedia aos cidadãos de Gaza que abandonassem o norte do território.
Louis Charbonneau, diretor da HRW, disse que os EUA mais uma vez “usaram cinicamente o seu veto para impedir o Conselho de agir sobre Israel e a Palestina num momento de carnificina sem precedentes”.
“Ao fazê-lo, bloquearam exigências nas quais muitas vezes insiste noutros contextos: que todas as partes respeitem o direito humanitário internacional e garantam que a ajuda humanitária vital e os serviços essenciais cheguem às pessoas necessitadas”, afirmou.
O órgão internacional de vigilância dos direitos humanos disse que os EUA também bloquearam a condenação do ataque de 7 de Outubro pelo Hamas e a exigência de libertação dos reféns. Ele enfatizou que, depois disso, “os países membros da ONU deveriam pedir à Assembleia Geral que tomasse medidas urgentes para proteger os civis e prevenir atrocidades em grande escala”.
Até o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, criticou o fracasso do Conselho em aprovar a resolução sobre a pausa humanitária.
“O Conselho de Segurança da ONU, que se tornou completamente ineficaz, mais uma vez não cumpriu as suas responsabilidades. Os países ocidentais, que não deixam pedra sobre pedra quando se trata de direitos humanos e liberdades, não tomaram qualquer outro passo a não ser adicionar combustível à o fogo”, declarou.