Bala que matou PM da Rota no Guarujá não é de arma encontrada pela polícia

Atualizado em 18 de outubro de 2023 às 20:31
Soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Patrick Bastos Reis, morto durante patrulhamento na Vila Zilda, no Guarujá (SP). Foto: Reprodução

A bala que matou o soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Patrick Bastos Reis, de 30 anos, no Guarujá (SP), não foi disparada pela pistola 9 mm apreendida pela Polícia Civil. A conclusão faz parte de um laudo produzido pelo Núcleo de Balística da Polícia Científica.

O documento foi disponibilizado para os investigadores nesta quarta-feira (18). A conclusão do laudo foi revelada pelo colunista Josmar Jozino, do UOL.

“Verificou-se discordâncias entre os projéteis (testemunha e incriminados), nos elementos de ordem genérica (profundidade, largura e distância entre as impressões de raias) e, sobretudo, nos elementos de natureza específica (estriamentos finos), que como se sabe, são individualizadores em exames microcomparativos”, disse um trecho do laudo.

O documento é assinado pela perita Selma Hanada Sugawara. O laudo ainda apontou que a pistola 9 mm estava em péssimo estado de conservação, mas encontrava-se apta à realização de disparos. A arma foi encontrada em um beco da comunidade Vila Júlia, após uma denúncia anônima.

Erickson David da Silva, conhecido como Deivinho, foi acusado de ser o autor dos disparos que resultaram na morte do soldado Reis em 27 de julho. O sargento Guilherme Sutério Gomes também foi ferido na ocasião.

Os militares faziam patrulhamento preventivo na favela da Vila Zilda quando foram baleados.

Suposta arma utilizada para matar o policial da Rota, em Guarujá (SP). Foto: Danilo Verpa

A perícia também realizou exame de confronto balístico para determinar se o tiro que matou Reis foi disparado da arma examinada. Foram comparados 14 projéteis da pistola 9 mm com outro do mesmo calibre retirado do corpo do soldado da Rota.

A conclusão pericial é que nenhuma das balas examinadas partiu da pistola 9 mm da marca Taurus, com número de série suprimido. O laudo atesta que as marcas e picotes dos estojos não coincidem com a arma apreendida pela polícia na favela.

Um exame residuográfico para detectar sinais de pólvora nas mãos de Erickson também deu resultado negativo. O acusado, que afirmar ser inocente e nega ter participado da morte do PM, está preso na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP).

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