Brasil tenta aprovar na ONU nova resolução para libertar reféns e ajudar civis em Gaza

Atualizado em 19 de outubro de 2023 às 6:44
Reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o conflito entre Israel e o Hamas na sede da ONU em Nova York, EUA — Foto: REUTERS/Andrew Kelly

O Brasil busca ativamente uma nova resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), como informado por fontes do Itamaraty. A diplomacia brasileira mantém abertas as negociações com outros membros do conselho, não considerando encerrado o processo.

Em 18 de outubro, o Conselho de Segurança da ONU rejeitou uma proposta brasileira relacionada ao conflito entre o grupo terrorista Hamas e Israel, devido ao veto dos Estados Unidos. A proposta do Brasil obteve 12 votos favoráveis, com Rússia e Reino Unido se abstendo.

De acordo com relatos, a posição dos EUA surpreendeu não apenas o Brasil, mas também outros países que fazem parte do conselho. As informações são do Blog da Ana Flor, do G1.

Embora tenha enfrentado o esperado veto dos EUA, a votação destacou a habilidade do Brasil em garantir apoio significativo em um tema tão delicado. Diplomatas brasileiros se surpreenderam ao conquistar o apoio de membros permanentes do Conselho de Segurança como a França e a China, além de todos os membros não permanentes.

O chanceler brasileiro, Mauro Vieira — Foto: Pedro França/Agência Senado
O chanceler brasileiro, Mauro Vieira — Foto: Pedro França/Agência Senado

Para dar continuidade às negociações, o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, viajou para Nova York na noite do mesmo dia. Ele planeja participar de uma cúpula internacional no Egito em 20 de outubro para debater a crise envolvendo o Hamas e Israel.

Diplomatas em Nova York enfatizam a importância de persistir na tentativa de aprovar uma resolução semelhante à proposta pelo Brasil, com foco na ajuda aos palestinos na Faixa de Gaza e na libertação de reféns mantidos pelo Hamas.

Até o momento, o número de mortos em decorrência da guerra entre Israel e o Hamas chegou a 4.942. São 3.542 palestinos da Faixa de Gaza e Cisjordânia e 1.400 israelenses, segundo o Ministério da Saúde da Palestina e o Al Jazeera.

Os feridos somam mais de 17.775: 12.000 na Faixa de Gaza, 1.300 na Cisjordânia e 4.475 em Israel.

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