O governo da Venezuela anunciou a libertação de cinco presos políticos, incluindo dois proeminentes líderes da oposição, nesta quinta-feira (19). A ação ocorre logo após a assinatura de um acordo parcial entre o presidente Nicolás Maduro e a oposição, que estabelece a realização de eleições presidenciais no segundo semestre de 2024.
Segundo o principal negociador entre o governo e a oposição, Gerardo Blyde, o jornalista Roland Carreno, membro do partido de oposição Vontade Popular, e o ex-deputado Juan Requesens, do Justice First, que estava em prisão domiciliar, foram libertos juntamente com outras três pessoas durante a madrugada, segundo a agência Reuters.
Na quarta-feira (17), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, suavizou as sanções ao petróleo e gás da Venezuela em resposta ao acordo eleitoral para garantir eleições transparentes e seguras no país. Assim, a Venezuela contará com a presença de observadores internacionais, incluindo representantes da União Europeia, nas eleições marcadas para o segundo semestre de 2024.
Além disso, foi acordado que os processos de escolha interna de cada partido político serão respeitados, enquanto a oposição se prepara para selecionar seu candidato para as eleições presidenciais, agendada para o próximo domingo (22), quando será escolhido o concorrente que enfrentará Nicolás Maduro nas urnas.
? Maduro diz que quer "virar a página" da relação da Venezuela com os EUA: "Cooperação" pic.twitter.com/kJHfPILhqJ
— UOL Notícias (@UOLNoticias) October 19, 2023
O documento emitido pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos (EUA) autoriza por seis meses transações relacionadas ao setor de petróleo e gás na Venezuela. O texto também informa que a licença será renovada se a Venezuela cumprir seus compromissos com a agenda eleitoral, entre outros “relacionados àqueles que estão detidos injustamente”.
“Vamos virar a página. Vamos construir uma relação de respeito e cooperação”, disse o presidente venezuelano durante o encontro intermediado por Celso Amorim, ex-chanceler brasileiro a convite do presidente Lula.
Desde março de 2015, mais de 900 medidas coercitivas unilaterais foram impostas à Venezuela, incluindo sanções diretas à PDVSA, que prejudicaram a capacidade do país de realizar transações financeiras, comprar peças de reposição e contratar serviços de manutenção.
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