Embaixador de Israel é convocado pelo Itamaraty após atacar Lula e o PT

Atualizado em 20 de outubro de 2023 às 12:45
O embaixador de Israel, Daniel Zonshine, com o então presidente Bolsonaro

O Itamaraty convocou, nesta sexta-feira (20), o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, para esclarecimentos sobre os recentes posicionamentos em relação ao conflito do país sionista contra o Hamas. Ele teceu críticas ao presidente Lula (PT) por, no entendimento da embaixada, comparar o governo israelense ao grupo armado palestino.

Segundo a CNN Brasil, a convocação de Zonshine pelo Itamaraty é uma amostra de desapontamento com suas condutas recentes, o que seria uma forma diplomática de lhe dar um “puxão de orelha”.

Em uma nota maliciosa, o embaixador atacou o posicionamento do PT na guerra. “Qualquer pessoa que pense que o assassinato bárbaro, a violação e a decapitação de pessoas é uma posição política, ou que se trata apenas de uma luta política legítima, possui uma extrema falta de compreensão da atual situação”, dizia o texto.

No início da semana, Zonshine formou uma “frente” com parlamentares de extrema-direita, reunindo-se com vários deles na Câmara durante a votação de moções que apoiam Israel e condenam o Hamas. O encontro incluía luminares como Eduardo Bolsonaro (SP), Nikolas Ferreira (MG) e Carla Zambelli (SP).

Embaixador de Israel se reúne com deputados bolsonaristas

Na segunda-feira (16), o Partido dos Trabalhadores emitiu um comunicado afirmando que as ações de Israel em Gaza são genocidas. Já no dia seguinte, a embaixada resolveu responder à crítica enquanto um ataque aéreo matava centenas de palestinos em um hospital, ação considerada crime de guerra.

Próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o embaixador argumentou que o governo brasileiro precisaria tratar o Hamas como terroristas.

“É muito lamentável que um partido que defende os direitos humanos compare a organização terrorista Hamas, que vai de casa em casa para assassinar famílias inteiras, com o que o governo israelense está fazendo para proteger os seus cidadãos. Deve ser feita uma forte separação entre a organização terrorista Hamas e os palestinos”, argumentou.

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