Depois de uma década, o Tribunal do Júri proferiu sua decisão no caso Joaquim, condenando Guilherme Raymo Longo a 40 anos de prisão em regime fechado. O crime em questão foi o homicídio qualificado do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, por motivo fútil, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel. A mãe da criança, a psicóloga Natália Ponte, foi absolvida das acusações.
Inicialmente, Longo foi condenado a prisão em regime fechado pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel. Ele já estava sob custódia desde 2018, quando foi capturado pela Interpol na Espanha e extraditado para o Brasil após uma investigação do programa “Fantástico”, da TV Globo.
Natália Ponte, mãe de Joaquim, estava respondendo em liberdade desde 2014, sendo acusada de omissão ao não proteger seu filho do convívio com o ex-companheiro, apesar de saber sobre seu histórico de uso de drogas e comportamento violento. No entanto, ela foi absolvida de todas as acusações.
Em novembro de 2013, Joaquim foi dado como desaparecido em Ribeirão Preto (SP) e, cinco dias depois, seu corpo sem vida foi encontrado nas águas do Rio Pardo, em Barretos (SP). Longo foi acusado de administrar uma quantidade excessiva de insulina na criança, que sofria de diabetes, e, posteriormente, teria jogado o corpo em um córrego próximo à residência da família. O Ministério Público alega que o padrasto utilizou 166 unidades da substância para efetuar o assassinato.
O julgamento do caso Joaquim ocorreu após uma década de espera. Durante seis dias, com cinco destinados a depoimentos, os jurados foram submetidos a mais de 30 horas de interrogatórios a portas fechadas. O veredicto resultou na condenação de Guilherme Raymo Longo e na absolvição de Natália Ponte.
Os debates entre defesa e acusação se estenderam por mais de 12 horas no último sábado. O julgamento ocorreu sem acesso ao público e à imprensa, de acordo com uma decisão reforçada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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