Sergio Massa, 51 anos, candidato governista da coligação Unión pela Patria e vitorioso no primeiro turno da eleição presidencial na Argentina, tem longa militância política. Transitou tanto pelo peronismo quanto pelo antiperonismo.
Atual “superministro” da Economia do governo de Alberto Fernandez, é um advogado carismático com passagem pela área pública e o parlamento do país, onde foi eleito deputado pela primeira vez em 2013.
Com 81,89% das urnas apuradas, Massa somava 36,11% dos votos, Milei, 30,35% e Patricia Bullrich, 23,69%. Completaram a disputa em primeiro Juan Schiaretti, com 7,18%, e Myriam Bregnan, com 2,64%.
Agora, Massa e o extremista de direita Javier Milei vão se enfrentar em 2o turno em 19 de novembro.
O vitorioso governista é de San Martín, província de Buenos Aires, onde nasceu em 1972.
Seus pais são italianos de origem: a mãe, Luciana Cherti, é natural de Trieste, no norte da Itália, e o pai, Alfonso Massa, é da Sicília – ambos, Luciana e Alfonso, desembarcaram na Argentina ainda na infância.
Entre 2002 e 2007, Massa chefiou a Administração Nacional da Previdência Social (Anses), responsável por um dos orçamentos mais importantes do governo. Também atuou como prefeito da cidade de Tigre, na província de Buenos Aires, e, por dois anos, entre 2008 e 2009, foi chefe de gabinete durante a presidência de Cristina Kirchner.
O político rompeu com o kirchnerismo até retornar como ministro de Fernandez para assumir a candidatura da situação, em um difícil momento, surpreender e vencer neste domingo, dando um banho de água fria nos sonhos da extrema-direira argentina.