A AFUPR (Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná) acionou a Justiça contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por dizer que educadores “doutrinadores” são piores que traficantes de drogas. A declaração ocorreu durante ato armamentista, em julho deste ano.
A entidade entrou com uma ação civil pública contra Eduardo e pediu reparação por danos morais homogêneos individuais. O processo também pede uma indenização de R$ 20 mil para cada professor representado e uma retratação pública do deputado.
Em um evento pró-armas em Brasília, o deputado afirmou que “não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime”.
Ele ainda disse que o caso do professor pode ser “ainda pior”. “Ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando a opressão em todo o tipo de relação. Fala que o pai oprime a mãe, a mãe oprime o filho e aquela instituição chamada família tem que ser destruída”, disse o deputado.
A ação da entidade afirma que Eduardo “incita o ódio, levando um público já inclinado ao radicalismo e ao uso de armas para solução de divergências a ver os professores como ameaças às famílias brasileiras, aumentando assim os riscos para educadores”.
A associação ainda considera que a declaração do deputado, “além de configurar um ataque à honra dos docentes, estimula o ódio e a intolerância contra toda a categoria e coloca em risco a integridade física e a vida de quem trabalha na educação”.
Em sua fala, Eduardo Bolsonaro comparou os professores a traficantes. pic.twitter.com/GgghK30qnq
— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) July 9, 2023