A farra dos equipamentos de espionagem. Por Moisés Mendes

Atualizado em 24 de outubro de 2023 às 7:18
Placa com logo da Abin. (Foto: Reprodução)

A Cognyte, a empresa israelense do sistema espião usado pela Abin no governo Bolsonaro, tem contratos com nove Estados para fornecimento de equipamentos de monitoramento de celulares e outros aparelhos de comunicação.

No Rio Grande do Sul, o contrato é de R$ 5,4 milhões e foi assinado esse ano, informa reportagem do Estadão, baseada em levantamento da GloboNews.

A maioria dos contratos dos nove Estados não tem licitação, porque a empresa seria a única a prestar esse tipo de serviço. São contratos que, somados, passam de R$ 60 milhões.

Não se sabe se no Rio Grande do Sul também foi assim, sem licitação. Mas parece que é uma gandaia geral.

Agora, é preciso saber como esse sistema era usado, mesmo que não seja o mesmo FirstMile da Abin, apesar de ser da mesma empresa. Trabalho para deputados e Ministério Público.

_________________________________________________________________________

TRAIDOR

O jornal Página 12 deu em manchete hoje pela manhã que Mauricio Macri, líder do Juntos pela mudança, traiu sua candidata, Patricia Bullrich, da velha direita, aliando-se abertamente a Javier Milei.

Javier Milei. Foto: Ilan Berkenwald/Wikimedia Commons

No início, Macri fazia reuniões secretas com Milei, emprestou assessores e telefonava tarde noite para o sujeito. Depois, todo mundo ficou sabendo que ele estava com o fascista.

O jornal Clarín, mesmo sendo ligado a Macri e antiperonista, publicou na capa que o macrismo entrou em colapso com a vitória de Sergio Massa e ao não conseguir colocar Patricia no segundo turno.

O peronismo está vivo e o macrismo está moribundo.

____________________________________________________________________________

ESCONDIDOS

Analistas de pesquisas sobre a eleição na Argentina diziam que o voto da extrema direita talvez não aparecesse com a verdadeira dimensão nas amostragens, porque esse eleitor seria em grande parte envergonhado.

Diziam que poderia acontecer o que ocorreu no Brasil em 2018 e em 2022, quando os eleitores de Bolsonaro eram em maior número do que o revelado pelas pesquisas.

Na Argentina, aconteceu o contrário. O eleitorado de Sergio Massa era maior do que o mostrado nas pesquisas. Quase 10 pontos percentuais maior.

E o eleitorado do fascista Javier Milei era menor.

Originalmente publicado em Blog do Moisés Mendes

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram,clique neste link