Hamas e Irã reúnem-se em Moscou para tratar de reféns e estrangeiros em Gaza

Atualizado em 26 de outubro de 2023 às 19:38
O iraniano Ali Bagheri Kani, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov, e o representante do Hamas, Mousa Abu Marzouk. Crédito: Hamas Channel

Representantes do Hamas e do Irã reuniram-se em Moscou nesta quinta-feira (26), de acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

O Ministério não divulgou detalhes sobre o encontro. Maria Zakharova, porta-voz da Chancelaria russa, confirmou a visita dos representantes do grupo palestino a Moscou, e mencionou a presença do vice-ministro iraniano das Relações Exteriores, Ali Nagheri.

Uma fonte diplomática russa informou às agências de notícias estatais que as discussões lideradas por Musa Abu Marzuk, um dos líderes do Hamas, abordaram a questão dos reféns detidos em Gaza, bem como a retirada de estrangeiros.

Segundo a mesma fonte, a Rússia enfatizou a necessidade de “libertar imediatamente os reféns estrangeiros da Faixa de Gaza” e discutiu questões relacionadas à retirada de cidadãos russos e estrangeiros do território do enclave palestino.

A Rússia afirmou que pelo menos 20 pessoas com dupla nacionalidade (russo-israelense) foram mortas e duas sequestradas durante os ataques de 7 de outubro.

Há centenas de conterrâneos de Putin vivendo na Faixa de Gaza, que tem sido alvo de contínuos bombardeios pelas forças israelenses desde o ataque.

Diferentemente dos Estados Unidos e da União Europeia, o governo russo não classifica o Hamas como uma organização terrorista e sempre manteve relações com o grupo.

Palestinos em meio a destruição na Faixa de Gaza. Foto: Hatem Ali/AP Photo

Moscou condenou o ataque contra civis israelenses, ao mesmo tempo em que enfatizou a necessidade de criar um Estado da Palestina. Além disso, a Rússia alertou Israel sobre as consequências de uma ação de represália indiscriminada e letal.

De acordo com as autoridades israelenses, a ofensiva do grupo palestino resultou em mais de 1.400 mortes, a maioria delas civis, e o sequestro de cerca de 220 israelenses, estrangeiros ou pessoas com dupla nacionalidade.

Até o momento, os bombardeios israelenses em Gaza causaram a morte de mais de 7 mil pessoas, segundo autoridades do enclave governado pelo Hamas.

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