Três semanas após o início do conflito contra o Hamas, Israel anunciou na noite deste sábado (28) que a guerra contra o grupo entrou em uma nova fase. Agora, os soldados israelenses continuarão na faixa da Gaza e o norte da região se tornará um novo palco de conflitos. De acordo com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, a terra tremeu.
Desde o início do conflito, em 7 de outubro, Israel confirmou à imprensa que já atingiu 150 alvos em Gaza, tais como uma série de túneis de membros do Hamas, e, por conta dos ataques, as comunicações na região também foram cortadas desde sexta-feira (27).
Falta de internet prejudica OMS e imprensa
A Organização Mundial da Saúde alertou em nota que não consegue se comunicar com as equipes médicas em Gaza. A falta de internet e telefonia também dificulta a assistência humanitária da cruz vermelha.
Outro trabalho que está sendo prejudicado pela falta de comunicação é a da imprensa. Em nota, a Associated Press disse que a interrupção nas comunicações na faixa de Gaza impacta na capacidade da agência de enviar fotos e vídeo do conflito.
Já a agência Reuters afirmou que o território está isolado do mundo e que os poucos repórteres ainda conseguem se comunicar dizem que a situação é a pior até agora. Gabriel Chaim, da Globonews, disse na manhã do sábado (28) que testemunha uma situação de extermínio do povo palestino.
Aviso à população
Neste sábado (28), as forças de Israel lançaram panfletos para alertar que o norte da Faixa de Gaza agora é uma área de combate e reiteraram a recomendação para que os moradores deixem a região. Os militares israelenses também divulgaram imagens dos ataques ao Hamas, realizados por meio de operações aéreas e terrestres, com o uso de tanques.
No comunicado, lê-se: “Aviso urgente aos residentes da Faixa de Gaza: a província tornou-se um campo de batalha. Os abrigos no norte não são mais seguros. Você deve evacuar a região e seguir imediatamente ao sul”.