Nesta quarta-feira (1°), ministro José Múcio Monteiro, da Defesa, anunciou que as Forças Armadas terão autorização para abrir bagagens em caso de detecção de drogas durante a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em diversos portos e aeroportos do país. O anúncio foi feito durante a cerimônia de assinatura de um decreto de GLO pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o objetivo de combater o crime organizado em áreas estratégicas.
“A operação foi bem estudada. Chegamos a uma GLO específica, delimitada. O que a Marinha encontrar, poderá fazer tudo. A mesma coisa no aeroporto; com a GLO dentro do aeroporto, vamos ajudar a PF, completando a operação, podendo abrir bagagens em caso de detecção de drogas. Vamos todos nos ajudar”, afirmou o ministro José Múcio.
“Detectou que há um ilícito, abre a bagagem, abre a mala e nós vamos fazer a operação. O mais importante de tudo é que é uma operação especial, muito bem pensada e todos nós vamos ser coadjuvantes uns dos outros e vamos somar os nossos esforços”, completou.
José Múcio explica GLO que amplia atuação das Forças Armadas para fiscalização de bagagem e malas em aeroportos e portos. “Vamos ajudar a Polícia Federal, porque essa é uma obrigação dela(…) Vamos somar os nossos esforços”, diz ministro, sobre combate ao crime organizado.… pic.twitter.com/RVrcrVohzn
— GloboNews (@GloboNews) November 1, 2023
O presidente Lula ressaltou a importância da atuação conjunta das Forças Armadas com a Polícia Federal (PF), e revelou a formação de um comitê de acompanhamento liderado pelos ministros José Mucio (Defesa) e Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública).
A operação abrangerá diversas áreas estratégicas, com a Marinha atuando na Baía da Guanabara e de Sepetiba, acessos marítimos ao Porto de Santos e o Lago de Itaipu. O Exército e a Aeronáutica concentrarão esforços nas fronteiras do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. É importante notar que o decreto limita a atuação das Forças Armadas a portos e aeroportos, excluindo operações em áreas urbanas.
O objetivo central da operação é combater o crime organizado que utiliza esses locais como rotas de tráfico de drogas e outras atividades ilícitas. O decreto permanecerá em vigor até maio do próximo ano, com a possibilidade de ampliação para novos portos e aeroportos, se necessário.
A cerimônia de assinatura contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o ministro Rui Costa (Casa Civil), os comandantes da Marinha, almirante Marcos Olsen; do Exército, general Tomás Paiva; e da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno; além do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.