Recuperação judicial do Starbucks no Brasil é negada pela Justiça de SP

Atualizado em 1 de novembro de 2023 às 22:24
Fachada de loja do Starbucks
Justiça negou o pedido de recuperação judicial da empresa que controla o Starbucks – Reprodução

Neste dia 1º de novembro, a Justiça de São Paulo tomou a decisão de negar o pedido de recuperação judicial da SouthRock Capital, a empresa que gerencia as operações do Starbucks, do Eataly e do Subway no Brasil.

A determinação veio do juiz Leonardo Fernandes dos Santos, titular da 1ª Vara de Falências de São Paulo, e incluiu a solicitação de uma perícia detalhada sobre a documentação apresentada pela empresa.

O magistrado expressou a necessidade de constatar “real situação de funcionamento da empresa, bem como de perícia prévia sobre a documentação apresentada pela requerente, de modo a se constatar sua correspondência com os seus livros fiscais e comerciais”.

Para realizar essa perícia, o juiz nomeou a empresa de administração judicial Laspro Consultores e estabeleceu um prazo de sete dias corridos para a apresentação do laudo.

O juiz enfatizou que a análise preliminar da documentação requer conhecimento técnico para compreender a verdadeira interpretação dos dados fornecidos pela devedora e sua conformidade com a realidade. Ele também sublinhou a importância de verificar a situação da empresa no local para determinar suas condições operacionais reais, justificando a cautela do tribunal.

Copo de café do Starbucks em primeiro plano com cafeteria de fundo
A SouthRock Capital controla as operações do Starbucks no Brasil – Reprodução

A decisão destaca que o deferimento da recuperação judicial automaticamente suspende todas as ações legais contra o devedor, incluindo execuções, por um período de 180 dias, entre outras implicações legais.

A SouthRock Capital, em uma declaração oficial, anunciou que planeja recorrer da decisão inicial, ressaltando que ainda não é definitiva.

A operadora do Starbucks no Brasil protocolou o pedido de recuperação judicial devido a uma dívida de R$ 1,8 bilhão, citando diversos fatores como justificativa para o processo, incluindo o baixo grau de confiança, a alta instabilidade no país, a volatilidade das taxas de juros e as constantes flutuações cambiais que afetam negativamente o mercado empresarial brasileiro.

Além disso, a empresa mencionou a crise econômica e a pandemia da Covid-19 como causas que impactaram seus lucros, resultando em uma queda de 95% nas vendas em 2020, 70% em 2021 e 30% em 2022.

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