O incidente ocorreu por volta das 13h15 no horário local. Em depoimento à polícia, a vítima contou que um homem tocou a campainha e, assim que ela abriu a porta, o agressor a esfaqueou duas vezes.
A jovem foi hospitalizada, mas não corre risco de morte. O Ministério Público de Lyon abriu um inquérito por “tentativa de homicídio qualificado”.
Em depoimento à polícia, ela contou que o homem estava vestido com uma roupa escura, tinha o rosto parcialmente coberto e fugiu logo após o incidente. A polícia encontrou uma suástica pichada na porta de sua casa, mas por enquanto não é possível estabelecer a data em que o símbolo nazista foi desenhado no local.
Os policiais franceses ainda não divulgaram informações sobre o suspeito, que ainda estava solto até às 21h deste sábado. Mas, diante das circunstâncias, a tese de um “ato antissemita” está sendo privilegiada.
“Antissemitismo não tem lugar em nossa sociedade”
O prefeito de Lyon, Grégory Doucet, publicou uma mensagem na rede X (ex-Twitter), sobre o ataque. “Uma mulher judia foi esfaqueada no sábado e um símbolo antissemita foi encontrado na porta de sua casa. Essa onda de violência é indescritível. Todo o meu apoio à vítima, aos seus entes queridos”.
Une femme de confession juive a été poignardée ce samedi. Une inscription antisémite a été retrouvée sur la porte de son domicile.
Un tel déferlement de violence est inqualifiable. Tout mon soutien à la victime, à ses proches.
— Grégory Doucet (@Gregorydoucet) November 4, 2023
A deputada ecologista Marie-Charlotte Garin, vice-presidente da delegação pelos direitos das mulheres na Assembleia Nacional francesa, também reagiu. “Não há palavras para descrever essa barbárie. O antissemitismo não tem lugar em nossa sociedade. Meus pensamentos estão com a vítima e seus entes queridos”.
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, o número de atos antissemitas têm aumentado na França. Na terça-feira (31), edifícios e lojas de quatro bairros de Paris amanheceram com estrelas de Davi, de cor azul, pichadas em suas fachadas, como faziam os nazistas na década de 1930 para marcar a perserguição antissemita.
Publicado originalmente em RFI