O embaixador de Israel em Brasília, Daniel Zonshine, disse ao jornal O Globo que o Hezbollah tinha planos de realizar um ataque terrorista contra entidades judaicas e sinagogas no território brasileiro, devido ao apoio que o grupo extremista libanês possui no país.
Zonshine destacou a tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai como uma área de interesse, onde, segundo ele, há fugitivos do Oriente Médio e pessoas que contribuem financeiramente para as atividades do Hezbollah.
“O interesse do Hezbollah em qualquer lugar do mundo é matar os judeus. Se escolheram o Brasil, é porque tem gente que os ajuda”, disse o diplomata.
A Polícia Federal conseguiu evitar a execução do ataque ao deflagrar uma operação que resultou na prisão de dois brasileiros e em 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. Outras duas pessoas alvo de pedido de prisão estão no Líbano.
Zonshine lembrou um ataque ocorrido há cerca de 30 anos contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) e revelou que Israel descobriu na época que os terroristas foram financiados pelo Irã. Ele declarou: “O Hezbollah ia fazer no Brasil o mesmo que fez na Argentina. O grupo é financiado pelo Irã e pelo tráfico de drogas, principalmente.”
O Mossad, serviço secreto israelense, colaborou com a Polícia Federal para evitar o ataque terrorista no Brasil, conforme informou o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Em uma nota publicada em rede social, destacou-se a ajuda de outras agências de segurança internacionais na operação, ressaltando que o Hezbollah é financiado e dirigido pelo Irã.